sábado, 30 de junho de 2007

sexta-feira, 29 de junho de 2007

A culpa é da imprensa

Estes políticos não tem jeito mesmo.
Se metem em todo tipo de falcatruas, maracutaias, roubalheiras e depois culpam a imprensa.
Ano passado quando viu sua reeleição ameaçada Sarney disse que os jornalistas eram criminosos e que tinham formado uma rede na internet para cometer crimes.
Agora, Renan Calheiros - que jura inocência - acusa a imprensa de ser fascista.
Eu acredito tanto na inocência dessa laia como acredito que as vaquinhas de Renan e Roriz calçam salto alto, sobem dez lances de escada e ainda tossem lá em cima, enquanto esperam o boi que chega voando.

Na Suframa

Ex-deputada estadual Roseli Matos (PCdoB) assume, nos próximos dias, a representação da Suframa no Amapá.
A indicação foi do deputado federal Evandro Milhomem (PCdoB) e teve o apoio da maioria da bancanda amapaense.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Também acho

Senado, uma casa imunda
Chico Bruno


Quem diria, que em pleno 2007, com tantos avanços tecnológicos, o Senado se transformaria numa taberna imunda de beira de estrada . Uma daquelas tabernas, que no Brasil Colônia hospedava nos fundos um bordel de quinta.
A falta de reação de alguns senadores, que até agora são considerados como acima de qualquer suspeita, deixa na ribalta tipos suspeitos como Romero Jucá, Wellington Salgado, Valdir Raupp e Gilvam Borges, que diariamente dão declarações esdrúxulas sobre os bois reais de Roriz e os virtuais de Renan.(Leia mais)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Conselho de ética do Senado

Quintanilha é o novo presidente
Fazendeiro e aliado de Renan Calheiros, o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) foi eleito agora à noite presidente do Conselho de Ética do Senado. Ele venceu o tucano Arthur Virgílio por nove a seis, em votação secreta.
A eleição de Quintanilha significa uma vitória para Calheiros, embora o novo presidente assegure que será imparcial na apuração das denúncias.
"Pretendo manter o compromisso com a verdade e estabelecer um comportamento estritamente baseado no regimento e Constituição”, disse Quintanilha.
Bom, só nos resta esperar para conferir.
Eu, claro, tenho minhas dúvidas já que neste país a corrupção se tornou tão corriqueira quanto tomar um copo d’água.

Só pra lembrar: Durante a ditadura militar, Leomar Quintanilha foi presidente da Arena.

Defunto invade casa

O município de Teófilo Otoni, em Minas Gerais, terá de indenizar uma família que teve sua casa invadida por um defunto em estado de decomposição e sem caixão.
O corpo foi carregado com lama e restos mortais de outros corpos, após o desmoronamento do muro que divide o terreno do imóvel com o cemitério municipal.
Condenado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o município deverá indenizar a vítima, a título de danos morais, em R$ 35 mil.(Leia mais)

Aquecimento global

Hoje à tarde, a partir das 16h30, o pesquisador Marcelino Guedes estará no Museu Sacaca falando sobre a importância dos povos da floresta no contexto das mudanças climáticas globais. A palestra faz parte de um seminário que está sendo promovido pela Aliança dos Povos da Floresta com apoio do Governo do Estado e Prefeitura de Mazagão.
Marcelino Guedes, doutor em Recursos Florestais e pesquisador da Embrapa, lembra que queimada e desmatamento na Amazônia são as atividades que mais contribuem para o Brasil ocupar o quarto lugar na lista dos dez maiores emissores mundiais de gás carbônico – gás que provoca o efeito estufa.

No Amapá é assim:

O Sassá tem uma fazenda de burros
O João tem criação de mosquitos da dengue em todas as ruas e avenidas da capital
e o Tunico tem os pés na lama e os olhos na Polícia Federal.

Tudo contaminado

O senador Sibá Machado (PT-AC) disse ontem à noite que deixa o Conselho de Ética porque este colegiado está contaminado.
Bom, se fosse só o Conselho que estivesse contaminado era fácil dar um jeito.
O problema é que neste país Executivo, Judiciário, Legislativo e o que mais se pensar estão contaminados.

"Não tem tigrão!
Não tem tchutchuca!
Pra mim são todos uns filhos da (*)!"

Frase do dia

Mas esse tal de Renan está se saindo um excelente "cara de pau", hein? O homem é mais liso que bagre ensaboado...
E o pior é que a República está cheia desses parlamentares.

(Andre Wernner,leitor do blog)

terça-feira, 26 de junho de 2007

Frase (ou piada) do dia

"Querem assassinar minha honra"
(Renan Calheiros)

Bagunça

Completa um mês a bagunça que foi o concurso público promovido pela Prefeitura de Santana realizado pelo Ibeg - Instituto Brasileiro de Educação e Gestão.
Provas mal elaboradas, erros gritantes de português, falta de cadeiras para os candidatos, deficiência na fiscalização, além de outras falhas levaram a prefeitura a cancelar o certame e tentar receber de volta o dinheiro pago ao Ibeg. Mas isto não diminuiu a ira dos candidatos. Muitos deles já pensam em acionar a Justiça contra o Instituto.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

PAN

Do site do Cláudio Humberto:
Pensando bem...
...pelo andar da criminalidade, será de tiro à distância a principal prova do Pan no Rio.

Nota de esclarecimento

GABINETE DA DEPUTADA JANETE CAPIBERIBE
Mais um documento do coordenador da Bancada Federal do Amapá revela o praxe da escolha e da exclusão de parlamentares das atividades da bancada e do governo do estado. Desta vez, o documento é um ofício expedido em 23 de maio de 2007, ao gabinete do ministro ALTEMIR GREGOLIN, da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca.

O documento, que manifesta apoio de parlamentares amapaenses, sequer reserva espaço para as assinaturas da DEPUTADA FEDERAL JANETE CAPIBERIBE (PSB/AP) e do SENADOR PAPALÉO PAES (PSDB/AP). No caso da deputada federal Janete Capiberibe, a parlamentar sequer foi comunicada da reunião que resultou no ofício à SEAP, comportamento repetido da coordenação da bancada e do governo do estado.

A exclusão destes dois parlamentares amapaenses, por si, prejudica o conceito de bancada que represente o Estado do Amapá, já que restringe-se, assim, a bancada do governador Waldez Góes.

A ausência recorrente de comunicados de agenda, acima de qualquer causa administrativa, parece ter clara conotação política, denunciando – fato grave – a ausência de tolerância à convivência democrática de ideologias diferentes, já que a deputada Janete Capiberibe é a única parlamentar de oposição ao comportamento político implantado no estado do Amapá, que tem como imagem mais reveladora o caos instalado na saúde pública, que põem em risco a vida dos cidadãos amapaenses.

O compromisso da deputada Janete Capiberibe com o povo do Amapá continuará norteando sua atuação em defesa dos interesses da maioria da população, atualmente esquecida pelas políticas do governo.

Área de livre comércio em debate na Câmara

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional realiza amanhã, dia 26 de junho, audiência pública com o tema Incentivos para as áreas de livre comércio na Amazônia. A realização da audiência foi proposta pela deputada Dalva Figueiredo (PT-AP).
As Áreas de Livre Comércio (ALCA) foram criadas com o escopo de promover o desenvolvimento das cidades de fronteiras internacionais localizadas na Amazônia, em Macapá/Santana (AP), Tabatinga (AM), Guajará-Mirim (RO). O objetivo é integrá-las ao restante do país, oferecendo benefícios fiscais semelhantes aos da Zona Franca de Manaus, como incentivos do IPI e do ICMS, proporcionando melhoria na fiscalização de entrada e saída de mercadorias, fortalecimento do setor comercial, abertura de novas empresas e geração de empregos. Entretanto, os incentivos já estabelecidos não estão sendo suficientes para alavancar o desenvolvimento da região norte e dos referidos municípios.
A deputada Dalva Figueiredo defende uma discussão para debater novas formas de incentivos a fim de beneficiar o pescado, a pecuária, a agropecuária, a piscicultura, os recursos minerais e matérias-primas de origem agrícola ou florestal, instalação e operação de atividades de turismo e serviços de qualquer natureza, exportação, reexportação para o mercado externo na área territorial delimitada na Área de Livre Comércio.
A audiência pública também vai debater os impactos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na Zona Franca de Manaus, tema proposto pela deputada Vanessa Graziotin.
Já confirmaram presença a superintendente da Zona Franca de Manaus – Suframa, Flávia Grosso, o presidente da Federação das Indústrias de Tocantins, Eduardo Machado Silva, o presidente da Federação das Indústrias do Acre, João Francisco Salomão, e o assessor parlamentar do Ministério da Ciência e Tecnologia, Pedro Rogério de Lima. Também foram convidados representantes do Ministério da Integração Nacional, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
A audiência pública acontece amanhã, dia 26 de junho, às 14 horas, no Plenário 14, do Anexo II, da Câmara dos Deputados.
(Mariane Almeida, da assessoria da deputada Dalva Figueiredo)

Poetas do Amapá

ÊXTASE
Isnard Lima
O Universo
que eu amo
puro
impuro
mau
e santo
repousa nas mãos
de um Poeta
maior que o mundo
Deus!
Deus!
Deus!
(Do livro "Rosas para a madrugada")

CONTATO
Eliude Viana
A chave da partida
do teu carro
está ligada
às acelerações
involuntárias
do meu peito.
(Do livro "Vestes da Alma", Macapá-AP, 1997)

Pra valer

Agora sim.
Estou voltando de verdade.
Casa praticamente toda arrumadinha, já estou com tempo pra correr atrás de notícias.
Vou agora atrás das notícias e à tardinha ou à noite o blog estará atualizado.
Até mais tarde.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Voltando

Quase tudo em ordem na nova casa - que estou curtindo demais - este blog voltará a ser atualizado sexta-feira, 22.
As mensagens de vocês me deixaram mais feliz ainda.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Casa nova

Desculpe a minha ausência do blog.
Ando muito ocupada, pois estou de mudança para uma nova casa, mais ampla, mais arejada, com um belo quintal onde os passarinhos fazem a festa.
Dizem que quando a gente se muda leva cerca de um mês para arrumar toda a casa, mas espero fazer tudo em tempo menor.
Acho que o mais demorado será organizar as estantes, pois tenho mais de cinco mil livros. É um "trabalho" demorado mas cheinho de prazer.
Estou imensamente feliz!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Aneel propõe a caducidade da concessão da CEA

Do site da Annel:

"A diretoria colegiada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu ontem,5, propor ao Ministério de Minas e Energia (MME) a caducidade da concessão outorgada à Companhia Energética do Amapá (CEA). A Agência concedeu prazo de 15 dias para manifestações da empresa. A resposta será avaliada pela Aneel antes de encaminhar a proposta para o Ministério.

A decisão foi adotada diante da situação da empresa que, comprovadamente presta serviços aos seus consumidores de “forma inadequada e deficiente” sem observar indicadores de qualidade, segundo o relatório do diretor Edvaldo Santana, que analisou o processo. De acordo com o voto apresentado pelo diretor, a concessionária também descumpriu “disposições legais e regulamentares relativas à concessão com falhas, transgressões e comprovada inadimplência”, o que configura “a perda das condições socioeconômicas da concessão”. A situação crítica da CEA é monitorada pela Aneel desde 1998.

Segundo a documentação reunida pela Agência, de acordo com data-contábil de 31 de dezembro de 2006, a empresa apresenta montante de patrimônio líquido negativo - devido a prejuízos - duas vezes maior que a receita operacional líquida anual.

A CEA também apresenta as seguintes irregularidades:
- perdas de energia de 37%;
- elevada inadimplência de consumidores no total de R$ 127,48 milhões, dos quais a maioria (67% ou R$ 85 milhões) se refere ao Poder Público (prefeituras, órgãos estaduais e federais), sem que providências fossem adotadas pela concessionária para minimizar o problema;
- sistemática inadimplência com fornecedores, principalmente a dívida de R$ 338 milhões relativa à compra de energia da Eletronorte, valor atualizado até 31 de maio último. O montante é equivalente a 2,2 anos de faturamento da empresa ou 4,3 anos de suprimento de energia
- dívidas de R$ 230 milhões com tributos (inclusive ICMS) e contribuições sociais;
- quadro de insolvência, situação em que as dívidas são superiores ao montante de bens do devedor; e
- inclusão persistente no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).
- inexistência de contrato de concessão formal, que afeta revisão e reajustes tarifários.

Fiscalizações - Desde 1998, a Aneel realizou várias ações de fiscalização na Companhia nos aspectos econômico-financeiro, de prestação de serviços e de geração. A maioria das determinações e recomendações da Agência resultante das fiscalizações não foi cumprida pela CEA.
Em outubro de 2005, a diretoria da Aneel decidiu, por unanimidade, iniciar o processo administrativo de inadimplência, que resultaria em propor ao Ministério de Minas e Energia - Poder Concedente – a caducidade da concessão. Na ocasião, a concessionária obteve prazo de 30 dias para apresentar um Plano de Ação que, em 180 dias, deveria proporcionar a solução dos problemas apontados. Após mais prorrogações, o Plano foi entregue. No entanto, fiscalização da Aneel, realizada entre março e abril deste ano, verificou que somente 14 das 161 ações planejadas foram efetivamente implementadas sem que houvesse melhorias para a situação econômico-financeira da empresa, além do alto grau de inadimplência e debilidade dos controles internos.

Consumidores - A CEA fornece energia elétrica para 129 mil unidades consumidoras em 14 municípios do Amapá, inclusive a capital Macapá. O principal controlador da empresa é o governo do Amapá.

Poetas do Amapá

Poema com destino à Noruega
Alcy Araújo Cavalcante

Eu ando com a cabeça baixa e dolorida
tateando na sombra dos guindastes
o corpo flácido das mulheres das docas
dentro da noite no cais.
Por que passam por mim tantos
marinheiros, navios, ondas balouçantes?
Se eu pudesse
descansaria a cabeça dolorida
num saco, num fardo, numa caixa,
depois escreveria um poema simples
e montava-o na onda com destino à Noruega.
E a moça loira que o lesse ao sol da meia-noite
não saberia nunca que sou negro, fumo liamba
e tenho as mãos revoltadas e calosas.
(Do livro Autogeografia - Macapá-AP - 1965)

Vesperal
José Edson dos Santos

Tua boca
de tomate e vodca
contrasta a tarde
metódica
a invadir a dialética dos
sentidos.
(Do livro Bolero em noite de cinza - Brasília, 1995)

terça-feira, 5 de junho de 2007

Antídoto

Do blog Repiquete
"Desde quando a PF desbaratou a quadrilha que fraudava licitações e entregas de medicamentos do Governo do Estado, os doentes ficaram em situação ainda pior, se é que isso é possível.
Faltam medicamentos em todos os hospitais da rede pública.
Como eles arrumam culpados para tudo, menos pra eles mesmos, qualquer hora eles aparecem em suas redes de comunicação para dizer que a falta de medicamentos é culpa da Polícia Federal.
Quem mandou desbaratar a quadrilha, que entregava metade do medicamento, mas entregava?
"

Transparência nas contas públicas

Do blog Notícias Daqui
"Projeto de Capiberibe vira bandeira anti-corrupção na Câmara
Em meio a tantos escândalos de corrupção que aparecem em todo o país, o Amapá pode agora se orgulhar de ser o berço de um projeto que acaba de se transformar no carro-chefe da luta anti-corrupção. O Projeto de Lei complementar que institui a transparência nas contas públicas e o controle social do orçamento público foi escolhido como tema prioritário pela Frente Parlamentar de Combate à corrupção para ser debatido em sessão de comissão geral da Câmara dos deputados.
O PLP 217/2004 é produto genuinamente amapaense, o piloto foi testado aqui, implantado no governo Capiberibe, tem sobrevivido às intempéries do Governo atual. No Congresso, ele foi apresentado simultaneamente em 2003 pela deputada federal Janete Capiberibe e pelo senador João Alberto Capiberibe, ambos do PSB, e está pronto para a pauta da Câmara dos Deputados. Obriga a exposição de todas as contas públicas da administração direta e indireta dos três poderes pela rede mundial de computadores. “É um antídoto à corrupção”, explica a deputada Janete Capiberibe." (Leia mais)

TESTE

Este teste é para os pais de criança do pré-escolar.

Seu filhinho anda roubando giz na escola?
( ) Sim
( ) Não
Se sua resposta foi "Sim" significa que o seu pimpolho tem talento para ser um famoso político quando crescer.



Frase do leitor

"O Renan é a versão 'radical' do Bill Clinton!
E mente pior ainda!"

Fraude em projeto do governo Roseana Sarney

Do jornal O Estado de S.Paulo:

Gautama e OAS se uniram para levar R$ 540 milhões no Maranhão
Investigação da PF mirava gestões recentes, mas chegou a fraude em projeto do governo Roseana Sarney
Fausto Macedo

No rastro de Zuleido Veras, apontado como pivô da máfia das obras, a Polícia Federal mira um negócio de R$ 540 milhões - em valores atualizados - no Maranhão que ele dividiu com a Construtora OAS. Foi no governo Roseana Sarney (hoje no PMDB, na época no PFL).

A meta inicial da investigação federal era descobrir como a empreiteira de Zuleido, a Gautama, foi acolhida pelas administrações José Reinaldo Tavares (PMDB) e Jackson Lago (PDT), alvos da Operação Navalha. Os federais descobriram, então, que, em parceria com a OAS, a Gautama chegou bem antes por lá, quando o Maranhão ainda era domínio quase exclusivo do clã Sarney.

Foi em 2000, quando a Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (Caema), por força de convênio com o Ministério da Integração Nacional, contratou as empreiteiras para a obra da Adutora Italuís II, orçada então em R$ 300 milhões.

A OAS e a Gautama dividiram meio a meio o bolo. A OAS pegou um trecho de R$ 151 milhões, a Gautama outro, de R$ 149 milhões. A União seria a principal fonte do desvio, não fosse uma ação cautelar movida pelo Ministério Público Federal que embargou pagamentos em favor das empreiteiras.

Dados oficiais indicam que a OAS e a Gautama receberam R$ 31 milhões antes que a Justiça mandasse interromper os novos repasses. A parceria das empreiteiras, que Roseana acolheu, revela que, apesar das suspeitas de que a Gautama teve origem em briga interna da OAS, as duas andam lado a lado quando estão de olho em obras de grande porte, com recursos do Tesouro.

O ajuste ficou mais evidente porque as duas empreiteiras indicaram um de seus diretores para assumir a presidência da Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão.

A Italuís II, duplicação do sistema de captação e tratamento de água para abastecimento da capital, mal saiu do papel. Foram executados apenas 12% do total da obra. O Tribunal de Contas da União identificou “indícios de irregularidades graves”, como superfaturamento.

Os auditores alinharam o que encontraram de errado: “Projeto básico deficiente, sobrepreços, valores e composições inadequados de BDI (benefícios e despesas indiretas), ausência de licitação autônoma para aquisição de equipamentos.”

Eles também apontaram “fortes suspeitas” sobre a regularidade do licenciamento ambiental. Em fevereiro de 2003, a Justiça Federal mandou parar tudo. Hoje fazem parte do cenário maranhense dois canteiros repletos de tubulações e equipamentos a céu aberto. A decisão foi tomada pelo juiz Wellington Claudio Pinho de Castro, da 5ª Vara Federal de São Luís, que anulou os contratos decorrentes da licitação 029 e condenou a Caema e o Estado do Maranhão, solidariamente, ao ressarcimento dos recursos até então liberados.

A ordem judicial se baseou nos relatórios dos auditores do TCU, que apontaram sobrepreços de 75% no contrato 72/2000 (contrato da OAS), e de 15% no contrato 71/2000 (da Gautama). O levantamento teve como parâmetro o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi).
Analisando a conduta das empreiteiras, os peritos de contas denunciaram “indícios de conluio na licitação, evidências de relacionamento entre os sócios da OAS e da Gautama”.

Pelo TCU, documentos mostram que os sócios das duas participavam da composição de terceira empresa estranha à concorrência, contratada para elaborar o projeto básico. “Verificou-se direcionamento da licitação do projeto básico, custeado com recursos estaduais, havendo fraude na documentação”, assinalaram os auditores.

“A elaboração do projeto executivo a cargo da OAS e da Gautama chega a ser temerário, ante o porte da obra e os valores envolvidos, e também ilegal, dada a subcontratação de empresa para fazer os projetos, sem observância da Lei de Licitações”, advertiu o TCU.

O empreendimento de mais de meio bilhão de reais, em valores atualizados, que o governo Roseana contratou enfrenta três ações judiciais. Uma na Justiça estadual - ação civil, em razão de falhas no Estudo de Impacto Ambiental. Duas da alçada do Judiciário Federal - uma obriga a União a suspender repasses para a obra. A outra proíbe a continuação da obra.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Correio do leitor

Recebi, por e-mail, esse texto da minha amiga jornalista Dulcivânia Freitas, que acabou perdendo um dia de trabalho por causa da constante falta de água no bairro em que mora.

"Sem água todo dia, que agonia....
Relato um fato que aconteceu comigo, mas que tem uma dimensão coletiva. Nesta segunda-feira, 4 de junho, não fui trabalhar porque não tenho água em casa sequer para escovar os dentes e tomar um banho, mesmo que fosse de caneco. Faço este comunicado para que todos saibam – desde meus chefes, demais colegas de trabalho e clientes em geral da empresa onde trabalho - que minha ausência não é voluntária, mas provocada por uma situação ultrajante que está fora do meu alcance de solução.

Esta situação não é nova e acabou ‘obrigando’ progressivamente meus vizinhos e milhares de outras famílias em Macapá, de outros bairros, a tomarem uma atitude individualista, que é mandar fazer poços. Certamente em pouco tempo tomarei esta providência também, assim que conseguir juntar o dinheiro suficiente para pagar pelo serviço. Mas as milhares de pessoa que não têm nem como fazer um planejamento desse, como é que ficam?

Alguém pode dizer: ah, mas por que não pede água a um vizinho? Claro que eu poderia novamente fazer isso e tenho certeza absoluta que conseguiria água suficiente para a higiene pessoal e também para atender todas as necessidades de uma casa. A questão é que este problema é permanente, onde eu moro (Conjunto Embrapa) a água da Caesa só chega certo mesmo de madrugada e, eventualmente, ao meio-dia (durante duas horas, no máximo).

Há período que não chegam nem de madrugada, como aconteceu nesta segunda-feira. Por isso refleti que não é tão somente a solidariedade dos amigos (também bem-vinda) que devemos buscar, mas sim reclamar publicamente por uma solução de infra-estrutura para que eu e todos tenhamos atendido nosso direito básico de termos água em casa. Afinal pagamos por isso de forma direta, por meio da fatura mensal que jamais falta. Não quero nem informar meu endereço, porque o que é correto é uma solução (não aceito discurso pronto) de infra-estrutura para a cidade e não para um caso em particular.

p.s.: Dos cinco números de telefone da Caesa que encontrei na lista telefônica, três atendem com a seguinte mensagem: “Este telefone não está recebendo chamadas” . Os outros dois "respondem” com a mensagem “Não foi possível completar sua chamada”. Fiz seis tentativas para cada número.

Dulcivânia Freitas - Jornalista residente em Macapá
"

domingo, 3 de junho de 2007

Motel

Empresário do ramo de motéis vai inaugurar brevemente o Motel Senado.
As suítes foram inspiradas nos gabinetes de senadores.
A expectativa do empresário é que certos homens de Brasília deixem de fazer na mesa o que podem fazer mais confortavelmente na cama.
O slogan será "Faça gostoso e melhor, troque a mesa pela cama. Camisinha grátis"

PS - O empresário está aceitando sugestão de slogan, que você pode deixar aí na caixinha de comentários. O autor do melhor slogan ganhará um pacote com cem camisinhas anti-navalha.

Olha só como ele "trabalha" no Senado

Trecho de conversa da jornalista Mônica Veloso com o senador Renan Calheiros, publicada na revista Isto É, que já está nas bancas e na internet:
Mônica – Só posso te dizer que toda vez que você entrar no gabinete você vai lembrar que você tem um filho que você fez lá.
Renan – Você é louca!
Mônica – Eu não sou louca. Somos loucos, então. Se tem alguém que é louco somos nós dois. Deixa eu pensar, eu preciso pensar. É complicado para mim.

Aí eu lembro da música "Vida Boa", do amapaense Zé Miguel, que diz assim:
"Que vida boa, suprimo
nós só tem que fazer menino.
E assim vão passando os anos
Êta que vida boa"

sábado, 2 de junho de 2007

Doeu no bolso

Da coluna do Cláudio Humberto, hoje:
"A briga no Maranhão esquentou porque o governador Jackson Lago (PDT) decidiu, ao assumir, cortar a pensão do ex José Sarney."

Gautama bancava garotas de programa

Do site www.abcpolitiko.com.br
"Gautama bancava até garotas de programa como presente

Garotas de programa, passagens aéreas e até cirurgia. Depoimentos prestados à ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon, responsável pelo inquérito da Operação Navalha, confirmam que a construtora Gautama gostava de agradar agentes públicos com os mais variados mimos. Na lista de presentes, há também perfumes, para as mulheres, e gravatas, para os homens.
Frente a frente com a ministra, o gerente da Gautama Gil Jacó de Carvalho Santos revelou que foi acionado para providenciar garotas de programas em Salvador no dia 20 de abril, dia do casamento de Rodolpho Veras, filho do dono da construtora de Zuleido Veras." (Leia mais)

A Justiça é cega

Do blog do Noblat
"João Capiberibe, senador do PSB do Amapá, e Janete Capiberibe, mulher dele e deputada federal do PSB, foram cassados no ano passaado pelo Supremo Tribunal Federal sob a acusação de abuso de poder econômico nas eleições de 2002.
Foi apresentada como prova contra o casal uma gravação em que duas mulheres diziam ter recebido R$ 26,00 em troca de seus votos. Mais tarde, as duas confessaram ter sido compradas para depor contra João e Janete.
No último dia 12 de abril, o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia cassou o mandato do senador Expedito Júnior (PR) sob a alegação de que ele comprou no ano passado pelo menos mil votos por R$ 100,00 cada.
Expedito recorreu da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ali obteve liminar concedida pelo ministro Arnaldo Versiani. A defesa de Expedito argumentou que ele se elegeu com 60 mil votos de folga. E que, portanto, mil votos não mudariam o resultado da eleição.
Não é que o ministro Versiani deu razão à defesa?
O mérito da questão ainda será examinado pelo plenário do TSE. O casal Capiberibe acompanha o assunto à distância, mas vivamente interessado."

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Poetas do Amapá

BOA NOITE, POEMA
Paulo Tarso Barros
Boa noite, poema.
Uma lua sequer
há no céu dessa cidade,
mas no rio noturno
onde abasteço meu ser
os peixes desenham
um arco-íris aquático.
(Do livro Inventário das Buscas)

LIRISMO
Alcy Araújo Cavalcante
Não,
eu não te darei um mal-me-quer.
Eu te darei
uma rosa de todo ano
e uma estrela
e uma lua branca
muito branca
um lírio
- porque os polichinelos ficaram inanimados
no bazar.

Depois
farei o poema do nosso primeiro beijo
recostarás tua cabeça no meu peito
e meus dedos compridos
acariciação os teus cabelos
e Deus saberá que nós estamos nos amando
porque haverá luz
e um grande silêncio
no pensamento das coisas.
(Do livro Autogeografia)

NOTÍVAGO URBANO
Manoel Bispo Corrêa
Tateando as paredes da noite
em busca do elo perdido
os dedos do homem anonimado
tocam partituras de silêncios
na impossibilidade previsível
de contar em seus limites
tamanho desconforto e solidão.
(Do livro Canto dos meus cantares)

PLATÔNICO
Obdias Araújo
Eu te desejo
Te dispo
imagino
te vejo
te visto novamente
e te desejo.
Nem sei porque
mas te desejo
Não existe motivo
: não morro
não vivo
não bebo
nem como
às expensas de ti
mas te desejo
Te amo
Te como com unhas e dentes
com olhos e mentes
e cada vez mais
dia após dia
eu te desejo
(Do livro Praça Pinga Poesia & Mágoa)

CARTA
Arthur Nery Marinho
Esperei por você. Você não veio.
Eu fiquei triste, mas não disse nada.
É que o silêncio é bom. Boca calada
é prudência e não quer dizer receio.

Aprendi a ser só. A tudo alheio
não procuro saber se a madrugada
de amanhã surgirá embraseada,
ou se terá um horizonte feio.

Sou hoje aquele que no fim da tarde
se vai embora, sem nenhum alarde
e quase sempre caminhando a esmo.

E se alguém me pergunta onde é que moro,
prego mentira e de vergonha coro,
pois não moro nem dentro de mim mesmo.
(Do livro Sermão de Mágoa)