sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Estágio

Que ninguém se espante se de repente uma figura estranha montada numa vassoura aparecer nos céus de Macapá.
É a Maga Patalógika.
Ela - que nunca conseguiu roubar a moedinha número 1 do Tio Patinhas - meteu na cabeça que fazendo um estágio nas bandas de cá ficará altamente qualificada para roubar, não apenas a moedinha, mas a caixa forte inteirinha do velho pato sovina.

Corre que a PF vem aí

Quando há rumores de que agentes da Polícia Federal de outros estados estão em Macapá, quem fatura é a rede hoteleira.
Os "amigos do dinheiro alheio" tratam logo de se esconder em hóteis. E, dizem os linguarudos, até quando ouvem as sirenes das ambulâncias do Samu se escondem embaixo da cama.
Foi o que - ainda segundo os linguarudos - aconteceu ontem em Macapá, depois que foi espalhado que mais de cem agentes federais estavam na cidade para uma mega-operação.

Um poema de Drummond

SENTIMENTAL
Carlos Drummond

Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
- Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz amarelo:
"Neste país é proibido sonhar."

Bom dia!

"Para a construção de um mundo pleno de Verdade, Bem e Belo,
só há um meio: a prática do Amor e do Bem"
(Meishu-Sama)

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Tremor de terra

A terra tremeu não só em Macapá, mas também nos municípios de Oiapoque e Laranjal do Jari.
Em Macapá o abalo foi sentido nos maiores prédios, como Banco do Brasil, Palácio do Governo, Tribunal de Justiça, Basa, Shopping Macapá, Faculdades Seama e UVA.
Nos prédios do Banco do Brasil e das faculdades Seama e UVA houve pequenas fissuras.
Na Guiana Francesa - que faz fronteira com o Amapá - o abalo sísmico também foi sentido. A Prefeitura da Guiana confirmou a informação e acrescentou que na Martinica a magnitude do abalo foi de 7,3.

A terra tremeu

Há mais ou menos 40 minutos um leve tremor de terra foi sentido em Macapá.
O abalo foi sentido principalmente em prédios com dois ou mais andares, conforme conta Alcilene Cavalcante no blog Repiquete.
Daqui a pouco eu volto com mais informações.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

De olho

Há alguma coisa no ar. E não é avião de carreira nem o Gavião Uno.

O dinheiro da Unifap

Eis o que manda dizer a deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) através de sua assessoria:
"A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) tem dado toda a atenção à Universidade Federal do Amapá – UNIFAP – procurando lhe dar mais recursos humanos e de infra-estrutura física, considerando seu compromisso histórico com a educação.

Depois de audiência com Ronaldo Mota, Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, noticiou a liberação de R$ 1,124 milhão para custeio da UNIFAP, do aporte de até 40% mais recursos à UNIFAP dentro do programa REUNI, da previsão de 10 novas vagas de professores na lei orçamentária de 2008 e da transferência de recursos novos dentro da chamada “Emenda ANDIFES”. Todas estas ações estão sendo executadas pela UNIFAP e Governo Federal.

No Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT, coordenado pelo PSB, a deputada Janete Capiberibe e o reitor José Tavares reuniram-se com o secretário executivo Luiz Antônio Rodrigues Elias para liberar a segunda parcela de R$ 500 mil – do montante de R$ 1 milhão – para o centro de pesquisa, já liberados, e mais R$ 600 mil adicionais a título de suplementação ao mesmo centro.

No Orçamento da União de 2008, a socialista alocou R$ 1 milhão e 900 mil das suas emendas individuais para a UNIFAP. R$ 1 milhão e 500 mil são para a construção de 30 salas de aula na Universidade Federal do Amapá para 12 novos cursos, inclusive o de Medicina, já aprovado pelo Conselho Universitário, e cuja tramitação a parlamentar acompanha com o maior interesse. Os outros R$ 400 mil das emendas individuais da deputada Janete Capiberibe são para a implantação de centros de inclusão tecnológica em Macapá, Mazagão, Oiapoque e Laranjal do Jari.

Os esforços da deputada Janete Capiberibe são contínuos para o aperfeiçoamento do ensino na UNIFAP, o que não impede a gestão de ações coletivas.

R$ 8,9 mi – Os polêmicos R$ 8 milhões e 900 mil de emenda da Bancada Federal ao Orçamento da União de 2007 são pedidos justamente pela UNIFAP. Mas o SIAFI – Sistema Acompanhamento Financeiro – não registra qualquer empenho de recursos de emenda da Bancada Federal à UNIFAP. Já no acompanhamento da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional consta o empenho de R$ 51 mil, dos quais somente R$ 44 mil foram pagos.

Os recursos poderão ser empenhados à UNIFAP até 14 de dezembro, conforme decreto presidencial, diferente da data de 08 de dezembro, anunciada anteriormente pelo MEC, mas pode se prorrogar até 31 de dezembro, prazo de vigência do OGU 2007. A despeito de o projeto estar no MEC, ainda não há autorização da Casa Civil da Presidência da República para o empenho e pagamento do valor à UNIFAP.

Além do empenho individual da deputada Janete Capiberibe, cabe a gestão coletiva e abnegada da bancada para a liberação dos recursos. A coordenação, centralizadora do poder e das informações, dificulta esta ação para que os recursos sejam pagos à UNIFAP. Pessoalmente, a deputada Janete Capiberibe continuará empenhada na negociação junto à Casa Civil para que a transferência dos recursos seja autorizada em tempo hábil. Como se trata de emenda de bancada, uma ação coletiva trará mais resultado.
(Sizan Luis Esberci -Assessoria de Imprensa - Gabinete da Deputada Federal Janete Capiberibe – PSB/AP)


O espaço no blog continua aberto para os outros sete deputados federais e os três senadores. Será que eles vão se manifestar?

Perguntas cretinas que repórteres adoram fazer

- A senhora está triste com a morte do seu filho?
- Está doendo muito? (para o acidentado que está gritando de dor)
- Feliz com a vitória? (para o técnico do time que acaba de ganhar o campeonato)
- Qual a sua maior esperança? (para a mãe que procura um filho desaparecido)
- Vão jogar água? (aos bombeiros que chegam para apagar um incêndio)

Artigo

Uma brasileira: mulher, negra e pobre
*Janete Capiberibe

A sociedade brasileira ficou chocada quando, há uma semana, veio à tona a denúncia da adolescente de 15 anos presa numa cela com 20 homens durante quase um mês . Naquele período promoveu-se uma verdadeira afronta aos direitos humanos. A jovem teve seu corpo e seus direitos violentados.
Estarrecedor, o fato revela o quão distante dos direitos essenciais está grande parte da população brasileira. O caso da menor paraense é emblemático, pois trata-se de uma mulher, negra, pobre e menor de idade, categorias sociais sistematicamente discriminadas e maltratadas no nosso país.

O caso registrado no estado do Pará não é isolado. Sua publicidade trouxe à tona a existência de outros similares espalhados pelo país. Trata-se de um reflexo da fragilidade das instituições democráticas no Brasil. Faço questão de lembrar que não existe maior direito ou menor direito. Existem direitos que devem ser reforçados através do cumprimento da lei, visando-se o princípio da impessoalidade, ou seja, sem olhar a quem.

Não há atenuante ao se alegar que a menina era maior, já que isso não justifica a ilegalidade dela, mesmo sendo mulher, ter sido presa numa cela masculina. O simples fato do poder público tentar utilizar um argumento como este, já nos causa estranheza e vergonha, pois trata-se de tentativa de esquivar-se do cumprimento do dever.

Não basta que haja mobilização social para erradicar o preconceito contra os excluídos, é necessário que as leis que são criadas para diminuir a exclusão e a violência sejam cumpridas. O que se viu no caso da menor presa é que tanto a delegada que a prendeu, quanto a juíza que deu respaldo legal à prisão, passaram por cima das leis e deixaram de ser agentes públicos a serviço da Lei, para “legitimar” uma ilegalidade.

Em outras palavras, a sociedade brasileira precisa apropriar-se dos direitos já garantidos em lei. Tomar conhecimento profundo desses direitos e sentir-se detentora deles é um passo significativo. Estado, sociedade civil e iniciativa privada têm a responsabilidade de agir juntos para transformar direitos no papel em direitos de fato.

Ainda no decorrer da campanha 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra a Mulher apresento meu desabafo como um desafio. Um desafio para a mobilização das mulheres brasileiras, especialmente às minhas queridas companheiras amapaenses, na busca dos seus direitos e na construção de uma sociedade onde a justiça e a igualdade considerem o gênero, a faixa etária e a classe social como valores positivos, não como mecanismos para a opressão.

Como mulher, mãe e avó e na condição de deputada federal, senti-me provocada e ultrajada com a situação de violência contra esta jovem – que representa os excluídos deste país. Este é um problema de todos nós. Quando a sociedade brasileira permite que se desrespeitem os direitos básicos dos seus cidadãos, ela se transforma em uma democracia extremamente frágil, que permite e institucionaliza as desigualdades.

Se uma mulher pode ser vítima de violência física e sexual sem estar protegida pelo manto da Lei, consequentemente, qualquer uma de nós, ou nossas filhas e netas, podem ser vítimas do mesmo tipo de violência. Não podemos nos calar diante de tamanha atrocidade. Pedimos justiça e ação por parte dos responsáveis.


*Janete Capiberibe é deputada federal eleita pelo Partido Socialista Brasileiro do Amapá

Jurando inocência

Auditor da Receita Federal Braz Martial Josaphat, preso na Operação Antítodo, em março, e apontado pela Polícia Federal como o chefe do bando que afanou mais de R$ 40 milhões da saúde no Amapá, diz que vai até o fim do mundo para provar sua inocência.
E mais: vai cobrar da União uma indenização de R$ 1,5 milhão por danos morais.

Isso é roubo!

O saco de cimento, que até mês passado era vendido em Macapá a 23 reais, agora está custando de R$ 38 a R$ 45.

Bom dia!

“O anjo lírico que guarda a minha ternura
ouve o silêncio que nasce na rosa”

(Alcy Araújo Cavalcante)

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Pelos blogs...

Jus Indignatus
Pesquisa científica
O prestigioso e renomado Boston College Medicine Journal publicou estudo, dos cientistas britânicos Teng Kong rui e Ma Bin shu, que comprova que o político, enquanto indivíduo, possue uma mutação genética representativa em seu DNA.
Esta mutação seria a responsável por desvios de padrões socialmente aceitos, como: propensão ao desvio de verbas públicas, em benefício próprio; proteção incoerente a outros políticos, independente de motivo; alta capacidade de negociação fisiológica; amnésia seletiva; desconhecimento de fatos óbvios; alta sensibilidade visual ao dinheiro, notadamente dólares e euros; propensão ao acasalamento indiscriminado, entre ...
(Leia mais)


Repiquete
Pisando no Tomate
A Prefeitura de Macapá promoveu um verdadeiro constrangimento fazendo fiscalização fora de hora nas empresas que participam da Feira do Empreendedor na noite de domingo.
A PMM multou da oficina de flores à empresas parceiras do Sebrae que participam da Feira apenas como ...
(Leia mais)


Hiroshi Bogéa
Correndo trecho
"Essa moça tem certamente alguma debilidade mental porque em nenhum momento ela manifestou sua menoridade penal".Nem bem o delegado Raimundo Benalussy fez a declaração acima, ´a coisa´ já corre o mundo... (Leia mais)


Estou de olho
Rotulações ideológicas (atualizado para 2007)
CAPITALISMO:Você tem duas vacas.Vende uma e compra um touro.Eles se multiplicam, e a economia cresce.Você vende o rebanho e aposenta-se, com o fruto do seu trabalho.
CAPITALISMO AMERICANO:Você tem duas vacas.Vende as duas, compra uma vaca indiana e força ela a produzir o leite de quatro vacas em Bangalore.Fica surpreso quando ela morre.
CAPITALISMO ESPANHOL:Você tem muito orgulho de ...
(Leia mais)

Me mata de vergonha

Do blog do Chico Bruno:
"O vexame do dia em Brasília
O Governador do Amapá, Waldez Góes, interrompeu a solenidade de assinatura de um convênio com o Ministério do Planejamento, que poria fim ao imbróglio, que vem desde a criação do Estado, sobre a gestão dos funcionários federais do ex-território que ficaram à disposição do governo estadual.
O mestre de cerimônias chamou a mesa o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Quando este se dirigia a mesa, o governador Waldez Góes o interrompeu e pediu mais um tempo para estudar se o convênio interessava ao seu governo.
Irritado, o ministro disse que ele tinha todo o tempo do mundo e disse:
- Que mico!!!
Atônito, o mestre de cerimônias encerrou a solenidade sem que ela tenha começado."


Comentário meu: isso não é um mico. Já é um king-kong daqueles criados com toddy.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

E o dinheiro da Unifap?

Até agora não chegou no cofre da Universidade Federal do Amapá nem um centavo da emenda parlamentar no valor de R$ 8,9 milhões para a construção de prédios para Pesquisa, Pós-graduação, salas de aula no Campus Marco Zero, um Colégio de Aplicação e a Rádio Educativa, entre outros projetos.
No dia 8 deste mês cobrei aqui no blog uma posição dos oito deputados federais e dos três senadores do Amapá sobre o assunto.
Nenhum respondeu, pois a laia não gosta de dar satisfação ao povo.
Por conta disso, crescem os rumores de que alguns parlamentares não se empenham pela liberação do dinheiro porque na Unifap não tem propinoduto.
Como vocês sabem, tem político que adora afanar recursos públicos. Quando há facilidade para meter no bolso o dinheiro do povo eles se empenham diuturnamente pela liberação.
Se algum dos "nossos nobres representantes do povo" resolver se manifestar, o espaço aqui no blog está aberto.

Eleições 2008

A deputada Dalva Figueiredo (PT) anunciou sábado que é candidata à Prefeitura de Macapá. Enquanto isso, o prefeito João Henrique - que também é do PT - já declarou apoio a João Trajano, do PR.
Ontem em São Paulo, na reunião do diretório nacional do PSOL, a senadora Heloísa Helena confirmou que o nome do ex-deputado estadual Randolfe Rodrigues como o candidato do partido a prefeito de Macapá.
No PTB, o martelo já foi batido: o candidato é o ex-presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, Lucas Barreto.
No PMDB - que é um saco de gatos - brigam pela indicação da vaga o empresário Jaime Nunes, a deputada federal Fátima Pelaes e o deputado estadual Edinho Duarte.
Os partidos nanicos também já estão se movimentando.

Histórias de pescador

Concurso britânico paga R$ 1,8 mil por história de pescador

BBC Brasil - BBC
- Um concurso nacional na Grã-Bretanha vai escolher a melhor história de pescador enviada para dez centros de vida marinha no país. O prêmio oferecido pela organização Sea Life UK é de 500 libras esterlinas, cerca de R$ 1,8 mil.
Na Cornualha, já estão abertas as inscrições para o concurso local, que oferece um prêmio de 150 libras, ou quase R$ 560, pela história mais insólita. O vencedor ganha o direito de disputar o prêmio nacional.
Há dez anos, o Abrigo Nacional para Focas na cidade de Gweek já organizou um evento semelhante, e o vencedor foi um pescador que disse ter encontrado um falcão peregrino exausto no Mar do Norte.
Desesperada de cansaço, a ave teria visto através da neblina o avental branco do pescador e mirado no peito dele. Aparentemente, o animal acabou derrubando o homem. E se salvou.
"Algumas das histórias que surgiram eram incríveis", disse uma representante do abrigo, Rachael Vine. "Já está na hora de ouvirmos mais."
Entre os mais incríveis casos contados no último concurso, estavam o encontro de um pescador com um veado que nadava em alto-mar e o ataque de um peixe-lobo (Anarhichadidae tão feroz que quase arrancou o dedão do pescador - que estava de galochas durante o ataque.
"Queremos ouvir sobre os acontecimentos fora do comum que os pescadores vivem no mar", disse Vine.
Um detalhe importante do regulamento é que as histórias precisam ser verdadeiras, e a organização se reserva o direito de convocar testemunhas ou de pedir algum tipo de prova material para comprovar as histórias.
As inscrições para o concurso estão abertas - apenas para praticantes de pesca oceânica e pescadores profissionais - até o dia 31 de março de 2008.
De acordo com Rachel Vine, dependendo da qualidade das histórias, pode até ser publicado um livro com os melhores casos.

domingo, 25 de novembro de 2007

Praça da Poesia

O prefeito João Henrique (de camisa azul escura) e os poetas na Praça
A Floriano Peixoto – a praça mais bela de Macapá – agora é também a Praça da Poesia. Desde sexta-feira pode-se caminhar entre poemas à margem do lago natural. O projeto “Praça da Poesia” foi inaugurado sexta-feira pela Prefeitura de Macapá com a fixação de 30 placas com trechos de poemas de poetas do Amapá e de outros estados da Amazônia. A idéia, encampada pelo prefeito João Henrique, foi do grupo Abeporá das Palavras, presidido pela professora e poeta Carla Nobre.
“É um reconhecimento para com os nossos poetas, mostrando o quanto seus versos são importantes para constituir nosso patrimônio imaterial e, portanto, nossa história tucuju”, disse o prefeito no ato de inauguração. João Henrique leu poesias, cantou e prometeu que a partir de agora dará mais apoio à literatura amapaense. O próximo passo da Prefeitura será a publicação de uma antologia destes 30 poetas como parte da programação dos 250 anos de fundação de Macapá, em fevereiro do ano que vem.
“Macapá fica mais bonita e mais terna com a poesia espalhada pelas praças da cidade”, disse o escritor Paulo Tarso, presidente da Associação Amapaense de Escritores.
Nas fotos abaixo: a poeta Carla Nobre e o prefeito João Henrique; eu e a poesia de meu pai Alcy Araújo; o poeta Paulo Ronaldo (Amanhã eu publico mais fotos)



POETAS HOMENAGEADOS:
Álvaro da Cunha
Alci de Jesus
Alcinéa Cavalcante
Alcy Araújo Cavalcante
Aluízio da Cunha
Antônio Juraci Siqueira
Aracy Mont’Alverne
Aroldo Pedrosa
Arthur Nery Marinho
Carla Nobre
Cordeiro Gomes
Elíude Viana
Fernando Canto
Herbert Emanuel
Isnard Lima
Ivo Torres
Janete Santos
José Pastana
Leão Zagury
Manuel Bispo Corrêa
Obdias Araújo
Paulo Ronaldo
Paulo Tarso
Ricardo Pontes
Sílvio Leopoldo
Vandério Pantoja
Thiago de Mello (Amazonas)
Rui do Carmo (Pará)
Paes Loureiro (Pará)
Eliakin Rufino (Roraima)

sábado, 24 de novembro de 2007

De volta

Agora, sim, está tudo bem

Estou de volta à blogosfera depois de um grande susto.
Meu filho passou uma semana internado por causa de uma crise de hipertensão. Ontem recebeu alta e está bem, graças a Deus. O coração está perfeitinho, como sempre foi, e a pressão está controlada.
Mas tão jovem e com pressão alta? Me perguntam. Pois é. Acontece. Essa juventude se alimenta mal, exagera no consumo de sanduíches, refrigerantes, sal, churrascos de carnes gordurosas (pois para eles churrasco só é bom se for de picanha com aquela gordura derretendo). Há também as noites mal dormidas por conta de horas e horas no computador, no vídeo-game e nas baladas, sem descartar a cervejinha estupidamente gelada. E outras noites em claro estudando para concurso público. Além disso, eu sou hipertensa. Meu pai e meu avô também eram. Junte tudo isso e chega uma hora que o organismo tem que dar um grito de alerta.
Esse grito veio semana passada. Sentindo um mal-estar foi levado ao hospital, onde foi constatada uma pequena elevação da pressão. Medicado voltou pra casa e no dia seguinte procurou uma médica clínica geral. No sábado à noite, eis que o moleque sente-se mal de novo. Mais uma vez é levado para o Pronto Atendimento, medicado e volta pra casa. Na segunda-feira pela manhã foi fazer os exames pedidos pela médica. Algum tempo depois voltou a passar a mal. Enquanto meu marido corria com ele para o hospital eu corri para a Igreja (sou messiânica). No altar, acompanhada do ministro Edelton Lopes dos Santos (responsável pela Igreja Messiânica no Amapá), orei e entreguei o problema a Deus pedindo que Ele assumisse o comando de tudo, como nos ensina Meishu-Sama - o fundador da Igreja Messiânica. Tão logo terminei a prece, Deus já estava no comando de tudo, colocando diante de nós um grande amigo que conseguiria furar a lotada agenda de um dos melhores cardiologistas da região Norte: o doutor Furlan, responsável pela U.T.I. cardiológica do Hospital São Camilo.
Meu filho foi muito bem atendido e assistido. Para ter mais segurança e tranqüilidade passou a noite e parte do dia seguinte na U.T.I. sob os cuidados do doutor Dantas, cardiologista que faz parte da equipe de Furlan. Depois foi transferido para um apartamento onde ficou internado até ontem para fazer uma bateria de exames.
Enquanto esteve internado, todos os dias um grupo de messiânicos e mais o ministro Edelton Lopes dos Santos iam ao hospital ministrar-lhe Johrei (Johrei é a Luz Divina canalizada pelo messiânico e transmitida a outrem. É um método de criar felicidade, eliminando as doenças, os conflitos e a pobreza. Qualquer dia eu falo aqui direitinho pra vocês sobre o isso).
Hoje, com meu filho em casa, e eu de volta à blogosfera, não poderia deixar de registrar aqui no blog a minha gratidão ao doutor Furlan e sua equipe , aos meus irmãos, cunhados e demais familiares que estiveram o tempo todo conosco (eu já disse pra vocês que eu tenho uma família abençoada, né), aos amigos que me deram a maior força, ao amicíssimo Lucas Barreto, ao ministro Edelton e demais messiânicos, a Lelê (namorada do meu filho). E agradecer, principalmente, a Deus e Meishu-Sama que atenderam a prece desta mãe aflita e colocaram no nosso caminho tantas pessoas maravilhosas.
Quanto ao meu marido, será que preciso dizer mais uma vez pra vocês que ele é o melhor marido e o melhor pai do mundo?
Ah, além da alegria pela recuperação do meu filho fui homenageada ontem, com mais 29 poetas do Amapá e da Amazônia, pelo grupo Abeporá das Palavras e Prefeitura de Macapá, que resolveram transformar a Praça Floriano Peixoto em Praça da Poesia. Trinta placas com trechos de poemas nossos foram colocadas na Praça, eternizando a poesia amapaense.
Mas isso eu conto mais tarde ou amanhã.


"Maior que a alegria de ter grandes riquezas é a felicidade de viver são e salvo"
(Meishu-Sama)

sábado, 10 de novembro de 2007

Dos blogs para a telinha da Globo


A caricatura "Xô Sarney", publicada ano passado em mais de 50 mil blogs do Brasil e do exterior, foi parar na telinha da Globo.
Ontem, no segundo episódio da série "O Sistema" o "Xô Sarney" apareceu quando um dos personagens fez uma referência ao ex-presidente da República e senador pelo Amapá.
Será que o Sarney vai processar a poderosa Globo por ter exibido a caricatura?
Só pra lembrar: meu blog alcinea.zip.net e o da minha irmã alcilene.zip.net foram tirados do ar ano passado porque publicamos o "Xô Sarney".
Sarney, durante a campanha eleitoral, usando como advogado um funcionário concursado do Senado, moveu centenas de ações contra blogs, jornais e emissoras de rádio no Amapá.
Contra mim foram mais de 20 ações.Por causa as multas que devo, acrescidos os juros, ultrapassam um milhão e trezentos mil reais e meu nome está no Cadin. Mas Sarney não conseguiu realizar o sonho de calar a minha voz.

Maracá Music

NOTA DE ESCLARECIMENTO
O Maracá Music vem a público esclarecer que as bandas Natiruts e Detonautas transferiram a agenda do show desta noite para data a ser confirmada.
Hoje o show fica por conta das melhores bandas locais.
E para amanhã estão confirmadas as bandas Felipão Forró Moral e Exaltasamba.
A Coordenação do Evento garante que não haverá nenhum prejuízo para os adquirentes de ingressos dos shows das bandas Natiruts e Detonautas, ficando à disposição para os devidos esclarecimentos em sua sede a Av. Padre Julio Maria Lombard, nº 520 - A, ou pelo telefone 3223.4383.
Macapá/Ap., 10 de novembro de 2007.
MARACÁ MUSIC

Grave acidente

Um grave acidente automobilístico ocorreu na madrugada de hoje no cruzamento da avenida FAB com a Hamilton Silva.
Nilda Borges, irmã do senador Gilvan Borges (PMDB-AP), envolvida no acidente, está em estado grave. Ela já foi submetida a uma cirurgia e está na UTI do Hospital São Camilo.
Nilda é uma pessoa muito querida e os amigos estão fazendo correntes de oração para que ela se recupere rapidamente.

Adeus, Clemanceau

Morreu hoje, na Paraíba, o juiz Clemanceau Pedrosa Maia que por várias décadas trabalhou no então Território Federal do Amapá.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Projetos porcinos

Do blog Jus Indignatus:
"Olha só como nossos nobre$ repre$entante$ trabalham como burros de carga. Depois de uma luta árdua aprovaram um importante projeto de relevância nacional, mundial e, quiçá, intergaláctica.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias aprovou parecer favorável a um projeto que torna facultativo o uso do chapéu em estabelecimentos públicos e privados.
Viva o escárnio!!!"

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Parlamentares, cadê o dinheiro da Unifap?

Alguém aí sabe me dizer por que até agora não foram liberados os recursos da emenda da bancada amapaense para a Universidade Federal do Amapá (Unifap)?
Quando conseguiram aprovar a emenda, os parlamentares amapaenses viviam na mídia, fazendo o maior carnaval, dizendo que “nunca na história deste país” os políticos tinham se preocupado tanto com a Unifap. E em todo o lugar e o dia inteiro falavam do compromisso da bancada com o ensino superior.
Passados tantos meses nenhum tostão foi liberado.
O que está faltando para que os “nobres” deputados e senadores do Amapá se empenhem agora para a liberação dos recursos? Espero que nenhum deles esteja querendo propina. Se for isso, vão quebrar a cara, pois tenho certeza que pela Unifap não passa nenhum propinoduto.
Os recursos, no valor de R$ 8,9 milhões, são para a construção de prédios para Pesquisa, Pós-graduação, salas de aula no Campus Marco Zero, um Colégio de Aplicação e a Rádio Educativa, entre outros projetos. Algumas dessas obras já foram até licitadas.
O prazo para empenhar esse dinheiro encerra dia 7 de dezembro. Se os nobres parlamentares não fizerem nada, a Universidade perderá esses recursos. Daí nada adiantou aprovarem a emenda e fazer discursos de compromisso com a qualidade do ensino superior.
Se nada fizerem, os universitários, eu e mais um montão de gente, vamos acreditar que algum ou alguns parlamentares amapaenses só pensam em propina.
Como os oito deputados e os três senadores acessam diariamente este blog, a comunidade acadêmica pede que eles usem a caixinha de comentários para dar
uma explicação, contar o que estão fazendo ou vão fazer para que estes recursos sejam liberados.
Quem não quiser usar a caixinha de comentários pode mandar pro meu e-mail (alcinea.c@gmail.com) que eu reproduzo no blog.

Sobremesa de ouro

Você teria coragem de pagar 25 mil dólares por um sundae?
Se tiver dê um pulinho em New York. Lá o restaurante Serendipity 3 está servindo o "Frrozen Haute Chocolate", que é uma mistura de 28 chocolates e cinco gramas de ouro comestível.
Esta sobremesa é servida em taça revestida de ouro comestível. Na base da taça tem um bracelete de ouro 18 quilates com diamantes brancos.

Ralfe Braga expõe em Macapá

Modernidade, beleza e inovação fazem parte do trabalho do artista plástico Ralfe Braga, que a partir de amanhã, sexta-feira, estará expondo ao público amapaense 23 obras contendo icnografias Maracá e Cunani.
A abertura da exposição está marcada para às 19 horas, no hall do Sebrae.
O artista é amapaense, mas vive em Brasília. É formado em Educação Artística pela Faculdade de Artes de Brasília, é ilustrador, designer gráfico, cenógrafo e diretor de arte.
Para saber mais sobre o artista visite o site dele www.ralfebraga.com.br

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Com a palavra, o cantor e compositor Zé Miguel

Cantor e compositor, Zé Miguel é um dos maiores expoentes da música popular amapaense. Surgiu na década de 80, nos festivais promovidos pelo Sesc. Com vários CDs gravados, já fez show inclusive no Canecão (RJ) e na Alemanha.
Apaixonado por Macapá não consegue ficar muito tempo longe daqui. Certa vez, passando uma temporada no Rio de Janeiro, a saudade foi tanta que cantou que tinha que voltar pra casa de qualquer jeito: a pé, ou de carona em um caminhão ou até na asa de um avião.
Uma de suas músicas é a cara do caboclo amapaense e pedida em todos os shows que faz. Começa assim: “A vida daqui é assim devagar, não falta mais nada pra atrapalhar, basta o céu, o sol, o rio e o ar e um pirão de açaí com tamuatá”.
Sobre o que escrevi no Dia da Cultura, Zé Miguel se manifestou assim na caixinha de comentários:
Oi Néa, chorei ao ler teu artigo sobre cultura, tenho andado angustiado há tempos com as mesmas inquietações que manifestas, estamos perdendo a memória, e povo sem memória é povo sem identidade, povo sem identidade é folha vagando ao vento, ao sabor das tempestades das mazelas sociais, povo sem identidade vota em qualquer um, aceita de bom grado e participa de atitudes como o famoso jeitinho brasileiro, onde nada é exatamente ilegal ou imoral, há sempre o jeitinho...
Povo sem identidade, acha que não deve pagar para consumir produção artistica, não vê o artista como um profissional que precisa sobreviver do seu trabalho, fica aí então praticamente institucionalizada a famosa palhinha... Ou canjinha.
Quase já não temos memória hoje, pelo menos não preservada, e com essa ausência esvai-se o respeito com a história e seus expoentes, se saíres pelas ruas perguntando quem foram as pessoas que dão nomes as nossas ruas e avenidas, verás que quase ninguém sabe quem foram ou o que representaram, Talvez também por isso, nosso saudoso poeta Alcy Araujo teu pai, dizia... Não quero virar nome de rua, se não vão continur pisando em mim...
Hoje, querida amiga, não dá nem pra pisar na história... Ela praticamente não existe!
Mas quero que saibas que alguém mais divide contigo as mesmas inquietações, alguém mais está disposto a ir além das palavras e fazer alguma coisa.
Um grande beijo, querida amiga.
Zé Miguel”


Publico aqui pra vocês o poema de meu pai Alcy Araújo (1924-1989) sobre o qual Zé Miguel faz referência em seu comentário.
JARDIM PODE
Alcy Araújo Cavalcante
Como tenho sido pisado
espezinhado, espinhado, repisado
pela vida, pelos desencantos
e desesperos, angústias, desamores.
Canto a terra
a dor dos aflitos
e a inútil esperança dos desesperançados.
Também os negros, os índios e o verde
e presto relevantes serviços topográficos
demarcando itinerários de poesia.
Quando eu morrer
algum vereador
que leu ou sentiu meu verso
que sabe ou ouviu falar do meu cantar
apresentará projeto de Lei
para que eu vire beco, rua ou avenida.
Não quero esta homenagem
Recuso até ser praça
alameda, assim também parque ou estrada.
Quero ser um teatro
um obelisco, uma escola.
Academia também não.
Rua, avenida, beco, não quero não.
Não quero que continuem pisando em mim.
Pisar em mim,
só se eu virar jardim.
(Admirador de meu pai, mas sem conhecer ainda este poema, tão logo meu pai morreu o então vereador Edinho Duarte, hoje deputado estadual, apressou-se em apresentar projeto de lei dando o nome de meu pai a uma rua de Macapá. Corri para a Câmara de Vereadores, agradeci a intenção do vereador de prestar homenagem a um dos maiores poetas e jornalistas que este estado já teve e entreguei-lhe uma cópia desse poema. Assim, ele retirou o projeto de pauta.)

PF apreende mais de dois mil dormentes

Mais de dois mil dormentes foram apreendidos no início da manhã pela Polícia Federal no Porto do Grego, em Santana (AP).
Foi uma das maiores apreensões de madeira no estado do Amapá.
Toda a madeira – sem qualquer documentação exigida pela legislação ambiental – chegou ao Amapá por volta das 5h da manhã, na balsa “Cidade de Belém” trazida pelo rebocador “Rosivan Ferreira III”.
Três pessoas foram presas em flagrante pela prática de crime ambiental.
Há informações de que os dormentes foram produzidos por serrarias do município de Afuá (PA).
Dormentes são peças de madeira utilizadas em estradas de ferro. No Amapá existe apenas uma ferrovia. Foi construída pela Icomi há mais de meio século para transportar manganês de Serra do Navio para Santana.
Há muito anos praticamente sem manutenção, a ferrovia apresenta uma série de problemas. Um deles é exatamente a falta de dormentes em vários pontos.
Hoje a ferrovia é administrada por mineradoras de Eike Batista que têm projetos de exploração de ouro e ferro no Amapá.

Crime ambiental

PF apreende toneladas de madeira que vinham do Pará para a empresa de Eike Batista no Amapá.
Detalhes daqui a pouco aqui no blog.

Caso Patrícia Melo

Tá no Diário do Amapá:
"O inquérito que apura a morte da modelo amapaense Patrícia Melo de Oliveira, ocorrida no dia 7 de janeiro de 2005, em Brasília, foi encaminhado à Justiça do Distrito Federal com pedido de prazo de dez dias para elaboração do relatório final. Segundo apurou o Diário do Amapá, as investigações já foram encerradas e apontam o empresário Carlos Montenegro como o autor do homicídio.
Patrícia Melo morreu em circunstâncias na época misterioras, tendo o corpo dela sido encontrado no início da manhã do dia 7 de janeiro de 2005 no gramado do jardim do Hotel Gran Bittar, no Centro de Brasília.
A modelo havia viajado no dia anterior a Brasília acompanhada do empresário Carlos Montenegro, do qual era funcionária.
Os dois estavam hospedados na mesma suíte, no 14º andar, apartamento 1144, mas segundo informações de familiares da modelo, eles não tinham nenhum tipo de relacionamento, além do trabalho.
Carlos Montenegro disse à Polícia que a moça havia se jogado da janela do apartamento, em meio a uma crise nervosa, mas investigações jogaram por terra a versão do empresário, que foi indiciado pela 1ª Delegacia (Asa Sul) de Brasília, acusado de ter assassinado a modelo.
Acusado da morte da modelo amapaense Patrícia Melo, em Brasília, o empresário Carlos Montenegro ficou livre da acusação de outro crime (tentativa de homicídio qualificado) praticado contra a ex-mulher Sâmia Soares Castro com quem viveu oito anos, e o atual marido dela, Diano Portela."

Perigo

Grande parte dos estabelecimentos comerciais de Macapá não tem as mínimas condições de segurança.
Paredes que ameaçam desabar, instalações elétricas engalicadas, falta de extintor de incêndio e saídas de emergências, são alguns dos problemas detectados pelo Corpo de Bombeiros em quase oitocentos estalecimentos comerciais da cidade só este ano.

Tráfico internacional

A Polícia Federal está decidida a acabar com o tráfico internacional de drogas nas bandas de cá. Para isso mandou uma equipe para Oiapoque – município que faz fronteira com a Guiana Francesa. Os policiais chegaram na noite de segunda-feira e poucas horas depois desmantelaram uma movimentada “boca” que vendia maconha e crack importados da Guiana Francesa.
Foram presos em flagrante os traficantes Bruno Souza Brazão, Jandely Souza dos Santos e Celina Rezende.
Na “boca” a PF apreendeu 77 petecas de crack, 36 trouxinhas de maconha e uma pedra de crack que renderia cerca de 50 petecas.

E vem mais coisa por aí.

Vamos comer teatro

Todas as sextas, sábados e domingos deste mês, o grupo Supernova apresenta no Teatro Porão o espetáculo Ensaio ou Saio. "É um jogo de quem vai ou fica, se perdendo no meio do caminho através de processos criativos realizados dentro de uma companhia de teatro. O espectador se torna o grande cúmplice de um momento indispensável, sedutor e extremamente engraçado na construção do espetáculo: o ensaio, onde as regras são claras, comandadas a uma só voz (a do Diretor). Quem se atrever a não obedecer às regras terá como punição sair do ensaio”, explica a assessoria de comunicação do Sesc-AP.
O espetáculo faz parte da temporada “Vamos Comer Teatro”, do Sesc-Amapá.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Pra não morrer de dengue


Quartel em polvorosa

Tá no blog Repiquete:
Caiu mal no quartel da Polícia Militar o decreto do governador Waldez Góes reconvocando os oficias da reserva Coronel Alves e Tenente-Coronel Macedo, ex-deputados derrotados nas últimas eleições.
Na manhã de ontem, mais de 40 oficiais haviam assinado um documento contra a volta dos dois.
(Leia mais)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Hoje é Dia da Cultura

"Uma coletividade só representa alguma importância, sua voz é notada, seus filhos autenticados e o nome guardado e reconhecido – pela sua cultura."
Eu queria escrever que a cultura fervilha no Amapá. Mas estaria mentindo.
Que valor o Amapá dá para sua cultura, para seus artistas?

Por estas bandas o museu da imagem e do som só existe no papel, a Secretaria Estadual de Cultura não tem acervo, o Departamento Municipal de Cultura praticamente não existe e o Conselho Estadual de Cultura, este mesmo nem se fala.

Procure em alguma biblioteca obras como a antologia Modernos Poetas do Amapá, Autogeografia, Pássaro de Chumbo, Rosas para a Madrugada, Xarda Misturada. Não existem e é bem provável que os diretores das bibliotecas e o secretário estadual de cultura nunca tenham ouvido falar nelas. Poetas amapaenses figuram em importantes enciclopédias brasileiras, como a Brasil e Brasileiros de Hoje e Grande Enciclopédia da Amazônia, e internacionais como a Enciclopédia Portuguesa Portuguesa-Brasileira (editada em Lisboa). Mas não há um exemplar nas bibliotecas do estado ou do município.

Procure na secretaria estadual de cultura ou no departamento municipal de cultura dados biográficos, fotos ou qualquer informação sobre poetas, escritores, escultores, pintores, atores, músicos da época em que o Amapá era Território Federal. Nada existe. E não existe porque o poder público não se interessa em resgatar, valorizar ou incentivar nossa cultura e a iniciativa privada vai sempre a reboque do poder público.

O que sabem de artistas plásticos como R. Peixe (conhecido e respeitado em Portugal e na Itália), Espírito Santo, João de Deus, Manoel Costa, Carlos Nilson? Por onde andam as obras deles? R. Peixe desencantado com o Amapá mudou-se para o Rio Grande do Norte e lá morreu. Olivar Cunha também foi embora, foi fazer arte no Espírito Santo, Manoel Costa foi para o Rio de Janeiro, isso só para citar alguns.

Por onde andam as obras de Nina Nakanishi, conhecida internacionalmente, por suas esculturas feitas com pó de manganês? O que foi feito das gravações das rádio-novelas, cujo elenco era dirigido por artistas do quilate de Creuza Bordalo? O que se sabe dos festivais amapaenses de música na época em que era preciso realmente ser muito artista para driblar a ditadura?

Que apoio se dá aos novos grupos teatrais, aos contadores de histórias, ao Abeporá?

Pelo menos a música está sendo apoiada. Mas é como se fosse a única manifestação cultural existente nesta terra cortada pela Linha do Equador.
Portanto, quando você for convidado para um grande evento cultural saiba que trata-se apenas de um show musical, mas da melhor qualidade. E não perca a oportunidade de ir.

RUMO - A revista que projetou o Amapá


Dois mil e sete é o ano que marca o cinqüentenário de lançamento da revista Rumo, a realização de um sonho de poetas, intelectuais e jornalistas amapaenses. Totalmente produzida no Amapá, a Rumo circulou em todo o Brasil e contava com correspondentes em vários estados. Era uma revista mensal e foi fundada por Ivo Torres, Alcy Araújo, Arthur Nery Marinho,Vilma Torres, Aluízio da Cunha, entre outros.

Considerada uma publicação de alta qualidade, foi identificada por críticos literários e renomados autores como um veículo de difusão cultural dos mais importantes do país. O primeiro número, que circulou em novembro de 1957, mostrava a participação do Amapá pela primeira vez em um Congresso Nacional de Jornalistas. Foi o VII Congresso, realizado em setembro daquele ano marcando o cinqüentenário da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). E o Amapá foi representado por Alcy Araújo.

O jornalista aproveitou a viagem para conhecer Brasília "e os trabalhos que se realizam no Planalto goiano para a instalação da futura capital do país". Isto rendeu a matéria "Brasília – obra de saneadores, artistas e poetas", tendo como subtítulo "Pioneirismo e técnica moderna erguem a cidade do futuro – Uma visita aos verdes altiplanos de Goiás".

Uma matéria assinada por John H. Newman abordava a cultura da seringueira no Amapá, enquanto Paul Ledoux escrevia sobre agricultura, silvicultura e pecuária, e Amaury Farias sobre latifúndio; "A música no Território Federal do Amapá" era também destaque na primeira edição da Rumo, com matéria assinada por Mavil Serret, o pseudônimo de Vilma Torres.

Esta edição trazia também poemas de Fernando Pessoa, uma página de ciências, uma de economia e finanças, contos de Guy de Maupassant e de Almeida Fischer. Noticiava a morte do escritor José Lins do Rêgo, falava de teatro, de educação e traçava um perfil histórico de Macapá.

A revista – que trazia artigos e reportagens enfocando os mais importantes movimentos artísticos e culturais do Amapá, do Brasil e do exterior – inseriu a cultura amapaense no contexto nacional. Suas páginas recheadas de teatro, música, folclore, sabedoria popular, eram freqüentadas por ícones da época.
Por sua envergadura, a Rumo chegou a ter projeção internacional. "A Rumo conduz e explica o Amapá", escreveu o ensaísta Osório Nunes. Uma crítica publicada no suplemento literário do jornal Diário de Minas, em outubro de 1958, assim se expressou sobre a revista: "Encontramos suas raízes na Semana de Arte Moderna. A sua vida constitui um resultado de descentralização cultural que houve a partir daquela data e que cada vez se acentua. Se fôssemos um Carlos Drummond, Mário de Andrade, um Vinícius de Morais ou Aníbal Machado, nada nos alegraria mais do que nos saber lido lá pelos confins do Brasil, no Amapá."

Num tempo em que livros eram praticamente instrumentos de uma pequena elite, o jornalismo passou a ser utilizado como uma forma de intervenção social. Naquele momento o jornalismo tinha mais importância do que a literatura, porque ajudou a criar o impacto para despertar a sociedade mexendo com as pessoas. Para haver literatura era preciso um conjunto de coisas funcionando a um só tempo: crítica literária, leitores, debate, produção de livros, escolas... como um conjunto de elementos articulados. Daí a necessidade e a pertinência da revista Rumo, responsável pela articulação de todo um movimento que se consolidou com a projeção da obra intelectual do grupo de escritores amapaenses para além das fronteiras do Amapá.

A promoção do debate levou a revista a criar outros mecanismos de apoio à produção literária. E assim nasceu a Editora Rumo, que viria a publicar em 1960 a antologia Modernos Poetas do Amapá, o livro Quem explorou quem no contrato do manganês do Amapá, de Álvaro da Cunha (1962), e Autogeografia, livro de poesias e crônicas de Alcy Araújo (1965). A revista Rumo também deu origem ao Clube de Arte Rumo, que reunia poetas, pintores, músicos e artistas de teatro para discutir o que se fazia no Amapá e no Brasil no campo da literatura, da música e das artes cênicas e plásticas. Ao mesmo tempo em que promovia concursos de crônicas e poesias na busca de novos talentos.
















Na foto acima Ivo Torres e Álvaro da Cunha no lançamento da antologia Modernos Poetas do Amapá, editada pela Rumo.Na foto ao lado, Alcy Araújo autografando a antologia (1960)

domingo, 4 de novembro de 2007

Dia do Cachorro


O calendário assinala que hoje é Dia do Cachorro. Então deixa eu apresentar pra vocês o xodozinho daqui de casa. É este, que está todo manhoso, no meu colo. Da raça pinsher, Major – ou simplesmente Joco – tem quatro aninhos e já é papai de 4 ferinhas.
Companheiro, Joco vive andando atrás da gente pela casa toda. Espaçoso, gosta de se jogar no sofá quando a família está reunida na sala assistindo um bom filme ou qualquer programa de televisão. Rueiro, dá pulinhos de alegria quando é chamado pra passear. Quando alguém pega a coleira ele já se dirige para o portão, pois sabe que vai pra rua. Gosta de colo, de sorvete, de bombom e de iogurte.
É doce, terno, carinhoso. Mas muito ciumento. Se algum estranho se aproxima ele bota a boca no trombone. Seu latido estridente já pôs muito marmanjo pra correr.
Como tem patente de oficial, Major não deixa ninguém entrar na nossa casa sem autorização dele. E se a pessoa teimar em abrir o portão ele não hesita em partir pra cima e prender, com seus dentes afiados, a perna, o calcanhar, a mão, o pé, seja lá o que for do intruso.
Além do Joco, tem outros cachorrinhos e cachorrões aqui em casa. Mas ele e a Pretinha (também pinsher) são os nossos xodós. São os únicos que vivem dentro de casa. Os outros só ficam no quintal.

sábado, 3 de novembro de 2007

Da caixinha de comentários:

“Felicidade é o caminho da Paz, do Amor e da Justiça para todos. Pois, se os homens encontram o brilho de suas próprias almas, deixarão de praticar a maldade e lutarão pela vitória do bem. Afinal, a Vida é uma dádiva para todos, sem distinção, ditada apelo Sagrado”.

Crocodilo na cadeia

Considerado pela polícia uma ameaça aos pescadores, um crocodilo de 2,4 metros foi preso ontem e passou a noite inteira na cela de uma delegacia na cidade de Nhulunbuy, no norte da Austrália.
Pela manhã, ele foi encaminhado para um criatório de crocodilos.

Contraste

Gosto de casas assim, com a frente bem cuidada, cheia de flores que embelezam a cidade e elevam o espírito de quem por elas passa. Aí vivem pessoas felizes e limpas, claro.

Mas tem gente que não tem coragem nem de passar uma vassoura na calçada de sua casa, como essa aí embaixo. Que imundície!!! Quando vejo uma sujeira dessas a impressão que tenho é que os moradores são mal-humorados e vivem de mal com a vida.

Beleza


Meio-dia de sábado em Macapá. Um bem-te-vi pousa na casa de Dias e Alcilene, minha irmã. E, do alto da grade do muro, ele aprecia o movimento enquanto eu me encanto com ele. Puxei a máquina fotográfica da bolsa e registrei. Pena que sou uma péssima fotógrafa.
Dizem que os bem-te-vis só pousam em casas onde há muita alegria e muito amor. Eu acredito nisso, pois a casa da mana é assim.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Há dois anos

No dia 1 de novembro de 2005 escrevi no blog alcinea.zip.net:
"QUE LEI?
Não adianta, ninguém cumpre a lei que proíbe que os bares funcionem após as 3h da madrugada nos finais de semana e após 1h da madrugada nos dias de semana. Ontem, tamanha segunda-feira, 8 horas da manhã os quiosques da praça beira-rio ainda estavam de portas abertas. E haja bêbado e haja confusão. E olha que um levantamento feito pelo juiz Reginaldo Gomes de Andrade, da Vara de Execuções Penais de Macapá, mostra que mais de 90% dos crimes têm como fator desencadeante a ingestão de bebidas alcoólicas."

E hoje, passados dois anos, continua tudo do mesmo jeito. Ninguém cumpre a lei. É por isso que o Pronto Socorro amanhece entupido de baleados, esfaqueados, quebrados e acidentados no trânsito.

Piloto que lançou a bomba de Hiroshima morre aos 92 anos

Da Agência Estado:
WASHINGTON - O comandante do avião B-29 que atirou a primeira bomba atômica, sobre a cidade japonesa de Hiroshima, durante a Segunda Guerra Mundial, morreu nesta quinta-feira, 1, aos 92 anos. O general Paul Warfield Tibbets Jr faleceu em sua casa, em Columbus, Ohio.
A bomba de cinco toneladas "Little Boy" foi lançada na manhã do dia 6 de agosto de 1945, matando pelo menos 140 mil pessoas. Milhares faleceram depois em decorrência da radiação nuclear do artefato.
Um amigo do brigadeiro afirmou que Tibbets morreu após dois meses em péssimo estado de saúde.
O lançamento da bomba de Hiroshima marcou o início do fim da guerra no Pacífico. O Japão se rendeu pouco tempo depois do lançamento da segunda bomba atômica sobre a cidade de Nagasaki, em 9 de agosto de 1945.
No 60º aniversário do bombardeio, há dois anos, os três tripulantes do Enola Gay que ainda estavam vivos, entre eles Tibbets, afirmaram que eles não tinham como "voltar atrás". "A utilização da bomba atômica ocorreu em um momento necessário na história. Não tínhamos como voltar atrás."

Só coisa ruim

Macapá tem muita dengue, malária e leptospirose e agora tem também febre amarela.
E a maioria dos políticos se comporta como escoteiro às avessas: faz todo dia uma má ação.
Valha-nos quem?

O Ibope diz

O Brasil tem 36,9 milhões de irternautas

Um poema de Saramar

Farta de concordância,
desato o verbo e
exijo a construção
das crianças
com a argamassa
do sonho e do riso.
Refaçam-se as metáforas,
povoem os livros de flores
e enxotem as palavras
de ordem.
Acabem com os sujeitos ocultos
da guerra e seus objetos mortíferos.
Ressuscitem a alma das crianças
para chorar as crianças mortas
enfim inatingíveis por obuses
e pelos absurdos cruéis dos
monstros carnívoros,
senhores das armaduras,
das frases duras.
Procurem outros tempos
em que os verbos se conjugavam
no presente e no futuro,
traduzindo-se em esperança.
Apaguem as orações radicais
e em seu lugar deponham as armas.
Destruam as onomatopéias malignas
das balas tracejando em corpos
infantis e cobrindo de vermelho
a infância e a juventude.
Desmontem os mísseis,
trocando-os por cartas de amor,
de amizade, de perdão.
Acendam a luz nos olhos
dos velhos, cansados de
procurar a mensagem
dos deuses em sangue e lágrimas.
Basta de antônimos,
queremos igualdade de termos
queremos construir juntos,
os versos livres,
os versos brancos da
PAZ!


(Este poema faz parte da blogagem coletiva pela Paz na Terra, proposta pelo Lino Resende. É lindo, né não? Conheça outras belas poesias de Saramar Mendes no blog Abrindo Janelas. Aproveita e passa no Blog Suite que lá tem uma excelente entrevista com a Saramar)

Blogagem coletiva

"É dever de todo ser humano trabalhar pela felicidade e pela paz neste mundo"
"Quando vejo alguém se empenhando pelo bem do próximo e do mundo, tenho a sensação de estar vendo um diamante entre o cascalho"

(Meishu-Sama)

Chuva de granizo

Pela primeira vez chove granizo no Amapá.
Foi ontem à tarde em Oiapoque, município que faz fronteira com a Guiana Francesa.
Os moradores entraram em pânico.
Um mulher morreu enquanto tomava banho ao receber uma forte descarga elétrica.