segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Feliz Ano Novo, amigo(a)!

Champagne no gelo, taças do mais fino cristal... preparei tudo, com muita ternura e carinho, pra gente festejar o Ano Novo, fazer um brinde a nossa amizade e te dizer que desejo que todos os teus dias de 2008 sejam iluminadas pela alegria, enfeitados pelo amor e cheinhos de boas notícias.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Bom dia!

“Nobre é o homem que, desejando o bem do próximo,
coloca-se em segundo plano.”
(Meishu-Sama)

Ceia de político

Gente, vamos ajudar a fazer o cardápio da ceia de Ano Novo dos nobres representantes do povo.
Tenho aqui a receita de um prato muito simples que não pode faltar na ceia daquele político.
Vamos lá:
Bode expiatório frito
Recheie o bode com pepinos e abacaxi com casca e frite-o, mas antes de fritá-lo não esqueça de lavar as mãos e colocar a barba de molho.
Esse prato é ótimo para comer acompanhado de pamonhas.

Para a sobremesa, o ideal é doce de milho com leite.

Muito simples de fazer, basta cozinhar um milhão em leite de teta estatal.
Mas todo cuidado é pouco na hora de levar ao fogo por causa do rabo de palha.


Colabore também. Deixe sua receita aí na caixinha de comentários.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Boa tarde!

Na frente da minha casa, a Sibipiruna já está carregadinha de flor esperando o Ano Novo. Além da sombra gostosa, essa árvore embeleza a nossa rua. Foi plantada há quatro anos pelo meu irmão Alcione, que é engenheiro florestal.

Ô povo imundo

Isso aí é a calçada de um mercantil, na rua Hamilton Silva (Centro), numa área nobre de Macapá (imagine se não fosse nobre).

É um criadouro, tamanho Extra G, de mosquito da dengue. Aí também os ratos fazem a festa. Já a Prefeitura não faz nada.

Como passo de vez em quando na frente deste mercantil, duas vezes resolvi entrar para conversar com o dono. Na primeira, há cerca de 20 dias, mostrei a ele que aquela sujeira toda representava um grande risco para os moradores do bairro porque estava servindo de criadouro para o mosquito da dengue e abrigo de ratos, além disso deixava a cidade feia. "É eu sei, vou limpar", respondeu-me. Na segunda vez, semana passada, perguntei se ele não tinha receio de ser multado pela Prefeitura. Ele deu uma gargalhada e disse: "A Prefeitura nunca reclamou".

Dentro do mercantil não é diferente. O chão é imundo, os produtos são cobertos de poeira, batatas e cebolas ficam jogadas numa prateleira mais suja que político patife, há mais teia de aranha do que em castelo de bruxa, deve ter também fezes de rato e a Vigilância Sanitária nunca passou por lá.
E o pior é que tem muita gente que tem coragem de comprar nesta imundície. Eu ali não compro nem mesmo um palito de fósforo. Não faço compras em lugar imundo. Boicoto mesmo.
Hoje pela manhã passei lá frente e resolvi fotografar pra mostrar pra vocês.
E pergunto: cadê a Prefeitura desta cidade? É com uma cidade imunda e tomada pela dengue que Prefeitura vai festejar os 250 de Macapá?
Sim. Só se fala nos festejos em comemoração ao aniversário da cidade, em atrair turistas para a festa. So se for a festa do chiqueiro. Né não, sr. prefeito?

Pode?


O macapaense parece não ter um pingo de amor pela cidade e a prefeitura daqui parece ser a mais negligente do mundo.
Olha só isso aí: um sujeito sem noção, reformou a casa e jogou o entulho no pé de um jambeiro.
Desde quando resto de construção é adubo, cara-pálida?
Além de querer matar a plantar ainda obstrui a calçada.
Pode um negócio desse?

Alô, alô, Prefeitura!

Este terreno, na esquina da Hamilton Silva com a Almirante Barroso, é uma ameaça à saúde pública. Aí tem mato, entulho, madeira velha, ratos, ratazanas, baratas e mosquito da dengue

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal!

Não tenho ouro, nem mirra nem incenso para presentear o Menino que vai nascer. Mas tenho um coração pleno de amor para oferecer a Ele.

E é com este coração pleno de amor e a alma cheinha de ternura que desejo a todos que visitam este blog – aos que gostam e aos que não gostam de mim – que Jesus renasça no lar de cada um de vocês para que festejem o Natal com saúde, ceia farta, paz e muito amor.
Desejo também que as alegrias do Natal não fiquem apenas na brevidade deste dia em que comemoramos o nascimento de Jesus, mas que se renovem e aumentem a cada dia.

Feliz Natal!

domingo, 23 de dezembro de 2007

Meu presente de Natal para vocês

Como presente de Natal ofereço aos visitantes deste blog um poema e uma crônica do meu pai, o poeta e jornalista Alcy Araújo (1924-1989).
Fazem parte do livro “Tempo de Esperança”, ainda inédito

Que cada um
leve um pássaro
para a amada

Quem possuir anjo
leve também
seu anjo

É Natal

Deus acende
pássaros
e rosas
e estrelas
que tentam
inutilmente
fazer renascer
a cor branca
enodoada
pelo vento
que vem das usinas
nucleares.


ORAÇÃO À MÃE DE JESUS
Esta é uma oração.
Uma oração de poeta cargueado de tristezas e de esperanças, que guarda da meninice distante a fé e o amor na santa Mãe de Jesus. Esta é uma oração feita num momento de aflição e de lágrimas, lágrimas que o homem de hoje chora pelo menino que não existe mais.
Esta é uma oração do homem que procura desesperadamente os itinerários do Pai Eterno, quando é impossível o caminho do retorno porque estão perdidas para sempre as marcas dos pés nus nas estradas da vida.
Senhora Mãe de Deus, hoje chorarei novamente. Sei que será assim, na sucessividade das minhas angústias, por não ter podido ser bom como sempre desejou aquela que, aqui na Terra, me conduzia pela mão naqueles dias de infância, que queimam as lembranças do homem que chora hoje prantos transatos. A vida, do meu Natal até o agora, foi marcando, Senhora Mãe de Jesus, e o menino se perdeu para nunca mais se encontrar.
Os desencantos e os sofrimentos, os caminhos atapetados de urzes, as feridas, o desamor, transformaram o menino e sepultaram a inocência com que aprendeu a primeira oração: Ave, Maria, cheia de graça...
Senhora, hoje estou com o coração molhado de lágrimas, na espera da bênção que virá sobre todos os filhos degradados de Eva, que Jesus veio para salvar.
E, nesta noite de Natal, eu rezarei, Santa Mãe do Céu, esta oração, a primeira que aprendi de mãos postas e o olhar de minha mãe preso ao meu olhar: Ave, Maria, cheia de graça...
E pedirei que rogues por mim, que tanto necessito de paz e de esperança, que tanto necessito de amor e de perdão. Minha Mãe do Céu, enxuga a minha angústia, ameniza o meu desespero, cura o meu desencanto nesta noite do nascimento do menino Jesus.
Senhora, olha para o menino que deixei de ser. O menino que usava, num fio de algodão, a tua imagem numa pequenina medalha de alumínio. Foi a minha primeira jóia. Lembrança da irmã Madalena, que acariciava meus cabelos, censurava com doçura minhas reinações e sonhava que eu fosse sacerdote da tua devoção.
Esta é uma oração. Oração do homem amargurado, que olha para o alto com olhos de granada, com a alma ajoelhada e o coração carbonizado lavado de lágrimas, porque hoje é Natal.
Rogai por mim... Por nós, para que sejam menores as nossas aflições. Ave, Maria, cheia de graça. O Senhor é convosco...

Bom dia!

“Quero colocar uma guirlanda na minha vivenda não para mostrar aos outros, uma jóia do artesanato, mas alertar a cada um que aqui tem um espírito esperançoso em que a felicidade precisa prosperar...”

sábado, 22 de dezembro de 2007

Só esta vez

Alcy Araújo Cavalcante
(1924-1989)

Um dia Murilo Mendes perguntou: Criança, que vamos fazer no mundo soluçante? Eu pergunto a ti, Menino Jesus, que vens fazer agora quando nada tenho para te oferecer? Tenho as mãos vazias, sem incenso, sem mirra, sem o ouro da inocência. Sem esperança, sem os sonhos da infância, sem a crença dos adultos, cargueado de desespero, de sombras ogivais, de saudades de instantes que foram belos demais para morrer e que morreram, apesar de tudo... Talvez em ti a ressurreição, mas eu já não sei orar e esqueci as palavras que minha mãe me ensinou.
Mesmo porque ela já não está e meu anjo distraído soltou a minha mão na hora exata em que um trem de ferro me apanhava numa curva do mundo. Esmagou-se o escombro da minha última alegria, esmagou-se o pedaço que restava do que fui.
Porque eu não soube ser, o homem manso de coração está pleno de revoltas. E é Natal, quando todas as esperanças deveriam renascer em mim, como renascem em outros homens mais felizes, porque souberam deixar de ser meninos e assumiram os seus caminhos, as suas veredas, os seus itinerários. Eu apenas me perdi nas noites sem auroras, nas tardes ensangüentadas, nas horas nuas que crucificaram todas as lágrimas que me pertenceram.
E é Natal, menino Jesus. Que vens fazer neste mundo soluçante, se a luz não é mais luz dentro de mim? Gostaria de reaprender uma só oração, uma só prece, entre tantas que minha mãe me ensinou. Menino, peço a ti o milagre de me ensinares o caminho da fé, de me indicares a rota do retorno ao interior de mim mesmo para que eu encontre no meu coração gretado, emperdenido, seco como o chão dos meus pesadelos, um pouco de umidade, que venha até os meus lábios e mate esta sede que me consome.
Uma vez que se cumpram as palavras dos profetas, alivia o sofrimento de um homem só na multidão... O que amou os pássaros, as rosas, os barcos partindo, o grão de trigo, a fonte murmurante, a canção, a primeira professora, a face que se escondeu num espelho há muito partido, o gato que ronronava junto dos cadernos, a rua primeira, a primeira comunhão e tantas outras coisas inaugurais.
Devolve a fé que perdi à margem da decência. Devolve a fé que deixei à margem dos meus desencantos.
Menino, agora que estás de volta, que vens de novo a este mundo, eu te peço: não deixes que eu te crucifique novamente.
Devolve, Menino, neste teu renascimento, a paz que eu perdi, por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Perdoa as minhas ofensas. Faz com que eu volte a te amar e me comova diante daquela gruta antiga. Que não seja eu a atirar a primeira pedra e que dê ao Pai o que pertence ao Pai, ao Teu Pai. Faz com que eu possa novamente curvar os joelhos, ajoelhar a minha alma, curvar o meu coração e cantar um hino em teu louvor, como no tempo em que eu era um simples pastor nas planícies de Israel.
Menino, volta a habitar o meu peito lacerado, de onde se esvaíram os sentimentos de bondade. Volta a habitar, por um instante, na Eternidade de Ti mesmo, o homem desesperado que já não sabe orar.
Menino, só esta vez, só neste Natal, acende em mim as esperanças que perdi... Amém...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Bom dia!

"Alguma coisa muito bela vai acontecer na cidade, porque a estrela
tem música e o céu está perfumado nestas noites claras em que
os anjos passam apressados no azul. E o azul é mais azul e a luz é mais luz. Deve ser tempo de nascer esperança."
(Alcy Araújo)

Presente de Natal para os políticos

Gente, político também merece ganhar presente de Natal.
Como é moda deixar nas lojas listas com sugestão de presentes para casamento, aniversário, batizado, vamos embarcar neste trenó e guiados pelo espírito natalino deixemos uma listinha de sugestão de presentes para os nobre políticos que representam (bem mal) o povo.
Eis algumas sugestões:
a) 365 diárias num presídio de segurança máxima
b) Convite de uma importante editora para que ele escreva o livro “O combinado não é caro”
c) O DVD “Ladrão que se preza vai morar em Brasília”
d) Um rolo de esparadrapo para passar na boca dos jornalistas e blogueiros
e) Uma imagem do seu (dele) ídolo Judas
f) Um exemplar da Playboy para ele cobrir as algemas quando for preso
g) Uma cópia colorida e emoldurada de sua (dele) folha corrida
h) Algemas de várias cores para combinar com a gravata
i) Roupão com o número 171 estampado bem grande na frente e atrás

j) Ficha de inscrição vip do Sindicato do Crime
Podem completar a lista aí na caixinha de comentários

Perguntinha

Se Jesus nascesse agora no Brasil, você acha que os Reis Magos ainda teriam coragem de trazer, além da mirra e incenso, aquele baú de ouro?

Samaumeira é destaque neste Natal

Do site do Ministério Público do Amapá:

Uma bela, centenária e imponente Samaumeira é destaque este ano na decoração de Natal de Macapá.
A árvore fica localizada no terreno onde será erguida a sede do Ministério Público Estadual, no Complexo Turístico do Araxá, no poético endereço: Rio Amazonas esquina com a Linha do Equador.
Para decorar a imensa a árvore, a arquiteta responsável pelo projeto de iluminação, Odilza Benjamim, utilizou quase três mil metros de mangueiros luminosos, 60 bolas de 10 metros de diâmetro cada, seis caixas de presentes de 10 metros,10 estrelas e seis refletores.
A grande árvore iluminada já virou ponto turístico de Macapá neste Natal.

Sobre a Samaumeira do Araxá
Considerada a Rainha da Floresta, a Samaumeira virou logomarca do Ministério Público. A escolha foi do Procurador Márcio Augusto Alves, após a aquisição do terreno onde será construída a sede do MP.
Estima-se que essa árvore tenha mais de 100 anos. O engenheiro florestal Alcione Cavalcante, da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente diz que nos anos 50 do século passado, vários exemplares adultos de Sumaúma existiam naquele local, e essa parece ser a última remanescente no perímetro urbano de Macapá.
O ex-governador Pauxi Nunes costumava fazer grandes almoços em datas festivas e cívicas, nos anos 50 e 60, em uma chácara de sua propriedade no Araxá. A Samaumeira, naquela época, era uma referência para as “Festas do Pauxy”.

A Árvore Sumaúma
Árvore de grande porte chega a atingir 45 m de altura. Apresenta raízes tabulares, tipo “sapopemas”. Estas raízes são usadas pelos índios e ribeirinhos na comunicação pela floresta, que é feita através de batidas em tais estruturas. Possui uma copa frondosa, aberta e horizontal.
Apresenta propriedades medicinais e é considerada pelos povos da floresta, uma árvore com poderes mágicos, que protege as demais árvores e os habitantes da floresta, afastando e assustando quem entra na floresta mal-intencionado
.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Boa noite!

"É bonito respeitar a tradição do presentear. É uma reverência a tão importante data do calendário cristão. Mas, não podemos esquecer que o verdadeiro presente está no estender a mão todos dias ao irmão esquecido, abandonado, vilipendiado, caído na sarjeta de uma esquina qualquer.
(André Wernner)

Indiazinhas - Muito estranho

Já acabou o depoimento da delegada de Serra do Navio, Janete Picanço, na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.
Em seu depoimento a delegada disse que esteve sexta-feira passada na Assembléia para uma consulta com o deputado Manoel Brasil - que é seu cardiologista. Ela contou que foi no Incor atrás dele para a consulta, como ele não estava lá decidiu procurá-lo na Assembléia.
Numa conversa informal com ele, na presença do deputado Paulo José, vice-presidente da CDH, Janete contou que em dezembro de 2006 recebeu uma ligação num telefone público que fica na frente da Delegacia. A pessoa não se identificou, era uma denúncia anônima dando conta que uma criança, provavelmente índia, estava sofrendo abuso sexual na localidade de Tucano. Janete disse que em nenhum momento falou aos deputados Manoel Brasil e Paulo José que meninas índias estavam sendo estupradas, seviciadas ou trocadas por droga naquela região. Segundo ela, suas palavras foram deturpadas.
O vice-presidente da CDH, deputado Paulo José, desmentido pela delegada, ficou caladinho. O deputado Manuel Brasil não compareceu à sessão.
A sessão foi secreta, mas oito delegados de polícia tiveram permissão de assisti-la.
Agora pra saber se há ou não abuso sexual contra indiazinhas naquela região, se a delegada falou a verdade no seu depoimento, se o deputado Paulo José realmente deturpou as palavras dela, só mesmo a Polícia Federal entrando na parada para investigar.

Indiazinhas - Delegada está depondo

A delegada Janete Picanço está depondo na Comissão de Direitos da Assembléia Legislativa.
A delegada desmentiu o deputado Paulo José, vice-presidente da CDH. Ela diz que não fez nenhum denúncia de que índias, de 11 anos de idade, estaria sendo estupradas, seviciadas e trocadas pro droga na localidade de Tucano.
A delegada disse que esteve na Assembléia semana passada apenas para falar com o deputado Manuel Brasil, que é seu cardiologista, e que ao final do encontro disse a ele, numa conversa informal, que em Serra do Navio existem alguns problemas como tráfico de drogas e violência, mas que em nenhum momento falou em índias.
Alguns minutos mais tarde, Janete Picanço disse que contou ao deputado Manuel Brasil que há cerca de um ano, quando assumiu a delegacia de Serra de Navio, recebeu um telefonema anônimo dando conta que um garota de 11 anos, possivelmente índia, estava sofrendo abuso sexual. Mas não investigou a denúncia.
A delegada continua depondo.
Mais informações no blog Notícias Daqui

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Indiazinhas - Deputada quer investigação minuciosa

Brasília – A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) afirmou há pouco que a denúncia de que crianças e adolescentes indígenas estariam sendo exploradas sexualmente na localidade de Tucano 2, no município de Serra do Navio, feita verbalmente pela delegada Janete Maria Picanço Chaves a deputados estaduais, precisa ser minuciosamente investigada. Ontem, a delegada não compareceu à reunião extraordinária da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa para oficializar a denúncia. “Há uma contradição que precisa ser esclarecida”, defende a deputada Janete Capiberibe. A delegada foi convocada para nova reunião nesta quinta-feira, às 10h.
A deputada conversou pela manhã com o administrador substituto da FUNAI de Macapá, Jairo Bezerra Ribeiro. O administrador contou à deputada que lideranças, mulheres e crianças índias negaram com veemência qualquer tipo de violência ou abuso sexual, em reunião realizada ontem, 18, na aldeia Aramirã.
Negativa – Ribeiro acompanhou a delegada do Departamento de Polícia Civil do Interior, Sandra Dantas, na diligência às aldeias de Pinoty, Kurayry e Aramirã, da etnia waiampi, distantes entre 15 e 25 quilômetros da localidade de Tucano 2, onde teria ocorrido a exploração sexual de crianças indígenas de 11 anos e sua troca por drogas. A denúncia verbal foi feita pela delegada titular da delegacia da Polícia Civil do município de Serra do Navio, Janete Picanço Chaves, a deputados estaduais. Tucano 2 está sob a jurisdição da Delegacia de Serra do Navio, distante cerca de 250 quilômetros da capital Macapá.

“As lideranças enfatizaram que isso (exploração sexual das crianças e adolescentes indígenas) não acontece nem é possível de acontecer por causa da sua tradição”, reforçou o administrador substituto da FUNAI. Ribeiro contou à deputada que não foi feita qualquer verificação na localidade de Tucano 2, onde cerca de 2 mil habitantes vivem da agricultura. Ribeiro disse que a reunião com os índios waiampi foi gravada e será entregue aos parlamentares.

Integridade – A deputada Janete Capiberibe está preocupada que a acusação seja uma possível retaliação aos povos indígenas, atingindo sua honra, por conta da mobilização para evitar a mineração nas suas terras, além de outros fatos locais. “Não podemos permitir que haja acusações infundadas, tampouco que alguém ganhe dinheiro com tráfico de drogas ou com exploração de crianças e adolescentes, sejam indígenas, sejam brancas. É nosso dever, como deputados e como integrantes do estado brasileiro, preservar a integridade física e moral das crianças e dos adolescentes e das etnias, indígenas, negras, mestiças ou brancas”, defende a deputada Janete Capiberibe.

Ela acredita que a averiguação feita pelo Departamento de Interior da Polícia Civil pode contribuir para elucidar a denúncia e coibir qualquer agressão aos povos indígenas e às crianças e adolescentes. “Houve o compromisso do Delegado Geral de remeter o relatório da investigação da delegada Sandra Dantas à Comissão de Direitos Humanos. Continuamos empenhados para esclarecer esta denúncia”.

Inquérito – Hoje, a parlamentar socialista protocolou na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados um requerimento para que o Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, instaure um inquérito sobre a denúncia de exploração sexual de crianças e adolescentes indígenas em Tucano 2. (Sizan Luis Esberci, da assessoria de imprensa da deputada Janete Capiberibe)

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Nota de esclarecimento

Lamparina – a chama apagou
Está cancelada a programação de abertura do projeto Lamparina - alumiando a cultura amapaense, marcada para as 17h, de hoje (18).
O presidente da Associação Amapaense de Escritores (Apes), coordenador e membro da Comissão Organizadora do projeto, Paulo Tarso Barros, se mandou para o Maranhão, sem tomar as últimas providências necessárias para a execução do Projeto. Providências que só ele, como presidente, poderia tomar.
O tesoureiro da Associação também sumiu.
Os demais membros da Comissão Organizadora e os parceiros do Projeto informam que a pequena chama da Lamparina apaga-se, momentaneamente, para ser acesa em outra data e com entidades presididas por pessoas responsáveis e realmente comprometidas com o desenvolvimento cultural deste Estado.
Os organizadores pedem desculpas a todos, principalmente, aos participantes, e agradecem à imprensa pela divulgação e, em especial, ao superintendente da Caixa Econômica Federal, dr. Raimundo Frota e sua equipe pelo apoio e empenho na aprovação do projeto.

Comissão Organizadora
José Queiroz Pastana
(membro da Apes, membro titular do Conselho Estadual de Cultura, poeta, professor e fundador do Clube dos Poetas)
Ricardo Pontes (membro da Apes, poeta, escritor, professor e fundador do Clube dos Poetas)
Alcinéa Cavalcante (membro da Apes, poeta, escritora e jornalista)
Rostan Martins (arquiteto, escritor, mestre em semiótica, professor do curso de Educação Artística da Universidade Federal do Amapá)
Gilvana Santos (jornalista)


Parceiros do projeto: Grupo Abeporá das Palavras e Teatro das Bacabeiras

Indiazinhas estupradas - Delegada vai depor

A delegada de Polícia Civil Janete Picanço, de Serra do Navio, vai depor hoje, a partir das 14h, na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Amapá.
A delegada Janete foi a pessoa que denunciou, sexta-feira, ao deputado Paulo José que indiazinhas, de 11 anos de idade, são estupradas, seviciadas e trocadas por droga na localidade de Tucano, município de Serra do Navio, no Amapá.
Caciques de vários tribos também deverão ser ouvidos esta semana pela Comissão de Direitos Humanos - que é presidida por Camilo Capiberibe (PSB)
Os deputados Paulo José e Camilo Capiberibe conversaram ontem à tarde com Sandra Dantas, delegada do Interior, e Paulo César, delegado Geral. Os dois delegados disseram desconhecer o assunto.
Ainda ontem, os dois parlamentares estaduais, acompanhados da deputada federal Janete Capiberibe estiveram na Polícia Federal, Ministério Público Federal e Funai.
O caso, noticiado em primeira mão aqui neste blog, continua repercutindo nos principais veículos de comunicação e blogs do país.

Brasil Cruel

Deputada designada pela Câmara para investigar denúncia contra crianças indígenas
Chico Bruno

A deputada federal Janete Capiberibe (PSB/AP) foi designada pela Comissão de Direitos Humanos – CDH – da Câmara dos Deputados para averiguar a denúncia de violência sexual a crianças e adolescentes indígenas no Amapá. A suspeita foi publicada no final de semana no blog da jornalista Alcinéa Cavalcante. Pela notícia “indiazinhas, de 11 anos de idade, estão sendo estupradas, seviciadas, trocadas por drogas na localidade de Tucano, na Perimetral Norte (AP)”.

A deputada socialista juntou-se a parlamentares da Assembléia Legislativa do Amapá para investigar a denúncia e cobrar providências. Janete Capiberibe já integrou a CPMI da Exploração e Tráfico e Mulheres e Crianças da Câmara.

“Não podemos admitir qualquer violação dos direitos das crianças e adolescentes. Qualquer denúncia precisa ser apurada com rapidez e seriedade e os responsáveis devem ser punidos. Não vamos tolerar atos de agressão que se aproveitam da fragilidade das crianças e adolescentes para render dinheiro ou diversão a pessoas sem escrúpulo”, afirma a socialista.

A deputada Janete Capiberibe e o presidente da CDH da Assembléia Legislativa, deputado Camilo Capiberibe (PSB) e o deputado Paulo José estiveram em audiências ontem na sede regional da FUNAI, na Polícia Federal e no Ministério Público Federal para que os auxiliem nas investigações e no julgamento dos culpados, quando se confirmar a denúncia. Segundo a deputada socialista, a FUNAI disse desconhecer atos de abuso contra crianças e adolescentes indígenas no Amapá.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Uma crônica de Alcy Araújo

PARA MEUS FILHOS
Alcy Araújo Cavalcante
(1924-1989)
Escrevo para meus filhos. Para dizer que é tempo de esperança entre tantas desesperanças e que há, no coração grisalho, a certeza de que me realizei em vocês, em cada nascimento de vocês, em cada Natal de vocês.
Poderia dizer outras palavras, alinhar outras expressões. Mas acho que dizendo que me realizei em vocês, estou dizendo o melhor que vem do meu dentro, do que sou, do que amo como pai e como homem, cargueado pelas vivências cotidianas e relativas.
Desejo que vocês e todos que tomarem conhecimento desta crônica fiquem sabendo que eu os amo, porque vocês estão em mim, nas minhas horas nuas, nos meus instantes mais íntimos, nas coisas que mais me pertencem, como me pertencem as mágoas que plantei como um lavrador de angústias.
Estamos mudando e eu não vou garimpar palavras, nem costurar termos estabelecidos, nem concretar um poema. Não que vocês não mereçam. É que tenho medo de não ser transparente, não existir à luz equatorial, não exibir suficientemente esta alegria de curtir vocês em cada vereda por onde passam meus pés nus e pesados como barcos que buscam o fundo do mar, do grande mar absoluto.
Gostaria de construir nesta página o meu sonho, o destino de cada um. E vocês teriam as mais belas profissões, como as de santos, poetas, sacerdotes, pintores... mas quem sou eu, além de um pai, para construir destinos?
Todavia, eu ergo as mãos plenas de carinho e acaricio a cabeça de cada um, num gesto de bênção. Deus os abençoe, pelo muito que consegui ser como poeta e como homem sofrido. Feliz Natal para vocês...

domingo, 16 de dezembro de 2007

Denúncia viaja pela Internet

Publicada aqui no começo da madrugada de ontem, a denúncia dando conta que crianças índias estão sendo estupradas, seviciadas e trocadas por droga aqui no Amapá, está repercutindo na Internet.
Blogs e sites de renomados jornalistas, agências de notícias e empresas de comunicação reproduzem a denúncia.
Eis alguns:
Cláudio Humberto
Ricardo Noblat
Chico Bruno
Agência Amazônia
ABC Politiko
Enfoque Amazônico
Prosa e Política
Coalizão & Conchavo
Notícias Daqui

Bom dia!

Eu sabia que você viria, por isso escolhi as mais belas rosas amarelas do meu jardim para te oferecer.
Antes de clicar no x não esqueça de colhê-las. Elas representam o meu desejo de que tenhas um domingo perfumado, terno, iluminado e lindo.
Obrigada pela visita,amigo(a)

sábado, 15 de dezembro de 2007

Denúncia gravíssima

Indiazinhas, de 11 anos de idade, estão sendo estupradas, seviciadas, trocadas por drogas na localidade de Tucano, na Perimetral Norte (AP).
A denúncia foi feita ontem, sexta-feira, ao deputado estadual Paulo José por gente da Polícia Civil que trabalha no município de Serra do Navio, onde se localizam várias aldeias.
"Homens brancos, principalmente garimpeiros, ainda não se sabe como, tiram as meninas das aldeias e levam para Tucano, onde elas sofrem todo tipo de exploração, são abusadas sexualmente e usadas como moeda de troca", me disse ontem à noite o deputado Paulo José.
Ele vai apresentar a denúncia na próxima sessão da Assembléia Legislativa e exigir que seja formada uma comissão de deputados para investigá-la, indo urgentemente ao município de Serra do Navio e localidade de Tucano.
Ontem mesmo Paulo José conversou sobre o assunto com o presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Camilo Capiberibe.
Camilo abre mão do recesso parlamentar para investigar o caso. "Essa questão é muito séria e muito grave, não podemos deixar para depois, a Assembléia tem que tomar providências agora, já".

Lamparina - alumiando a cultura

O projeto Lamparina - alumiando a cultura amapaense, que será lançado na terça-feira, 18, no Teatro das Bacabeiras, é uma realização da Associação Amapaense de Escritores (APES) com o patrocínio da Caixa Econômica Federal.
A Comissão Organizadora é composta por:
Paulo Tarso Barros (presidente da Apes, poeta, escritor e professor)
José Queiroz Pastana (membro da Apes, membro titular do Conselho Estadual de Cultura, poeta, professor e fundador do Clube dos Poetas)
Ricardo Pontes (membro da Apes, poeta, escritor, professor e fundador do Clube dos Poetas)
Alcinéa Cavalcante (membro da Apes, poeta, escritora e jornalista)
Rostan Martins (arquiteto, escritor, professor universitário, mestre em semiótica, professor do curso de Educação Artística da Universidade Federal do Pará)
Gilvana Santos (jornalista)
São parceiros do projeto o Grupo Abeporá das Palavras e Teatro das Bacabeiras

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Blogs alumiados

Blogs que estão apoiando o Projeto Lamparina - alumiando a cultura amapaense:
Notícias daqui
Neste instante
Rostan Martins
Alcinéa Cavalcante
Repiquete
Chico Terra
Idéias de Jeca-Tatu

Chico Bruno
Blog do Neyzinho


Alumiando

O projeto Lamparina - alumiando a cultura amapaense surge como uma alternativa para a difusão da cultura e incentivo às produções locais, através da promoção de debates e eventos que envolvam os diversos segmentos culturais.
No Projeto Lamparina a cultura está simbolizada pela luz, uma pequena luz que pretendemos irradiar e fazer da cultura um instrumento de transformação e formação do conhecimento.

A luz da Lamparina será acesa às 17h de terça-feira,18, no Teatro das Bacabeiras, e se estende até o dia 21.

Confira a programação de terça-feira:
17h – Abertura solene com as palavras do superintendente da CEF no Amapá, Raimundo Frota, do presidente da Associação dos Escritores do Amapá, Paulo Tarso, e da autora do projeto.
17h20 - Lançamento do concurso de contos "Macapá - 250 anos de história"
17h35 - Apresentação da Orquestra Lira de Prata
18h10 - Apresentação da peça "Seu portuga e a língua portuguesa"
18h50 - Abertura da Feira de Livros e da exposição de Artes Plásticas e Coquetel

19h - Bate-papo com o escritor
19h30 Palestra e Mesa Redonda sobre Marketing Cultural

Palestrante: Gian Danton/Ivan Carlo

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Boneca para Maria Rosa

Alcy Araújo Cavalcante
(1924-1989)

Papai Noel meteu a mão na algibeira. Bem, melhor dizer bolso, da surrada calça de sarja azul. Quando a mão voltou trazia duas notas – uma de cem e outra de vinte, amarrotadas. E, mais, uma moeda de alumínio de vinte centavos. Papai Noel consultou o dinheiro. No botequim mais próximo, o rádio, em ritmo de samba, contava a história do homem do morro que amava uma guerreira das ruas pavimentadas. Tornou a conferir o dinheiro. Guardou no bolso da blusa os cento e vinte cruzeiros e no bolsinho direito da calça os vinte centavos de alumínio. Parou olhando a passagem de um jeep. Depois andou em direção ao botequim e ao rádio. Tirou o velho chapéu de massa marrom. Pediu um maço de cigarros vagabundos e um café, que foi servido num copo amarelado, que antes fora branco. Enquanto esperava o café bateu no balcão – de todos os lados – o maço de cigarros. Tomou o café, pagou a despesa e ficou com vinte cruzeiros e vinte centavos. Fósforo não comprou, que Papai Noel conhece a solidariedade dos fumantes – o fogo faz favor.
Papai Noel deixou o boteco. Acendeu o cigarro no primeiro transeunte e explicou, mentindo: “cabocla besta, só porque eu não tinha trocado não me vendeu uma caixa de fósforos. É sempre assim. Não entro mais aí”. Mostrou, com o dedo sujo e nicotinado, o boteco.
Papai Noel dirigiu-se, na tarde quente da tropical cidade, para o centro comercial naquele 24 de dezembro. Nas vitrines miniaturas de papais nóeis mecânicos, brinquedos, objetos para presentes, bolas de vidro colorido, toda uma gama de cores anunciando o anual dia maior da cristandade. Nas ruas, o movimento, homens e mulheres apressados carregados de embrulhos. Na porta de um armazém um Papai Noel disfarçado, de botas, barbas de algodão e roupa vermelha, sacudia azucrinantemente uma sineta. Mais adiante outro estacionava com um enorme saco às costas frente a uma loja de brinquedos, distribuindo papéis impressos e coloridos.
Papai Noel entrou no armazém. Caixeiros atarefados – gente se comprimindo, mulheres falando mais alto que os homens, o choro enfezado de um menino. Caixas de nozes, avelãs, passas soltas, todo um sortimento de artigos de Natal. Ele, com habilidade, desviou para os bolsos algumas nozes, avelãs e passas. Saiu. Numa rua transversal, um bar sórdido, cheio de boêmios que aproveitavam o motivo do nascimento de Cristo. Conseguiu tomar duas cachaças e aproveitando o bafafá de bêbedos deu o fora sem pagar a despesa.
Numa vitrine, a boneca dormia. Boneca desejada por Maria Rosa, no dia em que fora levada ao posto médico. Papai Noel se emocionou e enxugou no lenço encardido uma lágrima furtiva. Durante um momento ali permaneceu, até que a boneca foi tirada da exposição e entregue a uma senhora jovem e bem nutrida.
Seguiu a senhora até um bairro próximo, habitado por famílias de meias posses. Com isso piorou a sua situação financeira, gastando dez com passagem de ônibus.
Ao cair da noite encontrou um conhecido de outros natais, que se embebedava. A velha solidariedade dos boêmios permitiu que Papai Noel esquentasse o peito com vários copázios de bebida altamente alcoolada, doses de salame e rodelas de pão.
A casa onde entrara a boneca vivia os momentos felizes das famílias cristãs. No quintal, Papai Noel ocultou-se por trás do galinheiro. Esperou que o fim da ceia e o sono pusessem o ponto final do silêncio no apagar das lâmpadas elétricas.
Vagarosamente, silenciosamente, Papai Noel – com sua técnica milenar penetrou na casa pelos fundos. No quarto das crianças ele viu, sob a luz que a vidraça da janela coava, um caminhão de carga, um imenso e vermelho carro de bombeiros e uma bola colorida. Viu também um branco fogão de matéria plástica, uma liliputiana bateria de cozinha, um berço que era uma beleza e a boneca de Maria Rosa. Feliz e trêmulo, ele carregou a boneca.
Na manhã de Natal havia risos, alegria e luz pelas calçadas. No Cemitério Municipal, Quadra Infantil-A, Sepultura n. 4.222, dormia, cabelos loiros ao sol, a boneca de Maria Rosa.

Sebastião Tapajós e Thiago de Mello

Estive hoje, pela manhã, com estes dois ícones: Sebastião Tapajós e Thiago de Mello, que estão em Macapá para o show de 50 anos dos músicos amapaenses Joãosinho Gomes e Val Milhomem, hoje à noite na Fortaleza de São José.
Há mais de 20 anos eu e Sebastião não conversávamos, então hoje foi um reencontro cheio de carinho e ternura. Respeitado no mundo inteiro, o violonista e concertista Sebastião Tapajós faz restrições à lei de incentivo à cultura, que vem sendo, na opinião dele, manipulada por um pequeno mas poderosíssimo grupo. E eu concordo com ele.

Sempre de branco, fala pausada, o poeta Thiago de Mello, que tanto lutou pela democracia, foi preso e exilado, me falou indignado sobre o que se faz neste país em nome da democracia. "Eles se valem da democracia para promover a corrupção, agredir a ética e a moral". Lamentou o baixo nível da educação brasileira e disse que é dever do escritor encontrar uma linguagem cada vez mais acessível aos maior número de leitores. A obra literária - ensina - tem que ter simplicidade para que qualquer pessoa possa captar a mensagem contida num poema, num romance, num conto... para isso, o texto tem que ser claro, mas não pode perder a qualidade artística.
Aos 81 anos, ainda morando em Barreirinha, na floresta amazônica, Thiago de Mello não perde o ânimo de continuar lutando pelas causas que sempre abraçou: o combate a desigualdade social, a integração cultural da América Latina e a defesa da floresta amazônica. O poeta gostou tanto da canetinha que eu estava usando, então dei de presente a ele. Retribuiu-me com um abraço tão terno e um beijo

Ricardo Pontes no Projeto Lamparina

O professor e poeta Ricardo Pontes participa do Projeto Lamparina - alumiando a cultura amapaense. Ele será um dos debatedores da mesa redonda sobre Literatura Amapaense. Além disso estará no "Bate-papo com escritor", no sarau e nas tardes de autógrafo.
Ricardo Augusto dos Santos Pontes, é professor, formado em Licenciatura Plena em Letras e Marketing e Comunicação, publicou os livros Raízes do Amanhã e Gotas da Imaginação e o CD Acalantos Poéticos.
Fundou, com José Pastana e Leão Zagury, o Clube dos Poetas.
foi premiado em Belém-Pará com o Projeto Fórum Literário da Amazônia, junto com José Pastana e Leão Zagury, Participou da XVII Feira Panamazon do Livro como palestrante sobre o tema "Existe Literatura na Amazônia?".
Foi premiado em Belém do Pará com o Projeto Fórum Literário da Amazônia e este ano recebeu do Conselho de Cultura do Amapá o prêmio Pitumbora por sua luta pela valorização da cultura amapaense.

Livro sobre o PDSA será lançado amanhã

É amanhã, sexta-feira, às 19h na Assembléia Legislativa do Estado do Amapá o lançamento do livro “Desenvolvimento sustentável no Amapá: uma visão crítica”, organizado por Alain Ruellan, Manuel Cabral de Castro e Nilson Mulin.
A obra – que propõe uma análise dos avanços e obstáculos vividos na implantação do PDSA - Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá (1995-2002) - , traz nove textos assinados por técnicos que fizeram parte do Governo do Amapá, no período de 1995-2002, e por observadores que acompanharam a implantação do programa.
Entre os técnicos destacam-se o sociólogo e professor da USP Manoel Cabral de Castro e o o economista Charles Achcar Chelala.
O livro contém ainda entrevistas com o ex-governador João Capiberibe e com a deputada federal Janete Capiberibe, que na época era deputada estadual, secretária de Indústria e Comércio e primeira dama do Estado.

Ah, se todos fossem iguais a Juliele...

Por Renivaldo Costa*

Ah, se todos os meus dias fossem como este mês de dezembro!
Estou apaixonado perdidamente por duas mulheres. Uma delas, Caroline, amo por ofício e com ela me casarei no próximo sábado. A outra, Juliele, por deslumbramento, por ter tido a ousadia e competência de reunir num mesmo palco Rafael Altério, Sebastião Tapajós, Celso Viáfora, Patrícia Bastos, Nilson Chaves. Isto sem contar com uma platéia deslumbrada formada por ícones da literatura brasileira como Thiago de Mello, e alguns outros.
A cantora Juliele Marques é uma artista de primeira, disso não tenho dúvida. A moça interpreta e improvisa de verdade, misturando o que há de melhor na música brasileira. Cantou a Amazônia, o olhar a esta terra e foi além – mostrou-nos o amor, a separação e a preocupação com a perpetuação da vida no planeta, expressa na música-manifesto de Fernando Canto e Nivito Guedes. Ela e os músicos presentes naquela noite memorável me encantaram como nunca ninguém havia conseguido.
Juliele Marques está entre o melhor que o Amapá produziu neste século. Desde Patrícia Bastos, eu não via coisa assim. Pro meu gosto, foi o show do ano. Lirismo e criatividade aos borbotões. Isto que teve o emocionante show de Juliele. Ademais, um grande show de "voz e poesia" nos faz sonhar com tudo aquilo que poderia ter sido este país, se todos fossem iguais a esta minha nova musa.

* Renivaldo Costa é jornalista e escritor

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Política e Folia

Já que os políticos o ano inteiro fazem o maior carnaval com o dinheiro do povo, devemos incentivá-los a "legalizarem" a folia fundando uma escola de samba.
A gente pode até dar uma mãozinha pra eles sugerindo o nome da escola, o enredo para o carnaval-2008, fantasias, alegorias... Vocês não acham?
Então, sugestões aí na caixinha de comentários.

Carnaval (?)

Um carnaval sem alegorias e fantasias?
Alcione Cavalcante

A “inovação” proposta para o carnaval 2008, por representantes de algumas escolas na LIESA, se levada mesmo a sério, deverá comprometer de forma inexorável, a trajetória ascendente que o carnaval do Amapá vem experimentando nos últimos dez anos, apesar de alguns percalços recentes.

A dita “inovação”, precisa ser avaliada por pelo menos duas vertentes. A primeira da oportunidade, do contexto, do momento histórico que se vive. A segunda da consistência dos argumentos que a sustentam.

Do lado da oportunidade, os operadores mais argutos e antenados do carnaval (Grande Monteiro, ex e futuro Piratão, atual Império do Povo), já nos avisavam há algum tempo que os 250 anos de Macapá, caprichosamente seriam completados justamente na quadra carnavalesca. Por outro lado, para o bem ou para o mal o Amapá estará na Sapucaí, na sola dos pés, nas fantasias e alegorias da Beija-Flor de Nilópolis e isso seguramente reservará olhares mais curiosos sobre o Estado como um todo e no particular sobre o seu povo e suas manifestações culturais, entre estas o carnaval.

Quanto aos argumentos que amparam a esdrúxula proposta, convêm citá-los pela ordem: atraso no repasses dos recursos por parte do poder público, limitações de tempo para confecção das fantasias e alegorias e o elevado preço cobrado pelo aluguel de barracões em função da impossibilidade de uso de quadras esportivas das escolas públicas.

Argumentos frágeis. Sem me propor a defender o Governo e a Prefeitura, historicamente o recurso para apoio do carnaval tem sido disponibilizado com regularidade atual, ou seja, algo próximo de dois meses antes do desfile. Registros há de repasses efetivados a tempo mais exíguo. Não é, pois, nenhuma novidade e nunca foi empecilho para que as escolas se apresentassem dignamente. A justificativa da falta de tempo também não se sustenta quando em confronto com a realidade. O início da confecção de alegorias e fantasias sempre se deu, mais ou menos, em torno de sessenta dias antes do desfile oficial. Forma encontrada pelos dirigentes para reduzir custos, principalmente no gerenciamento e manutenção dos diversos espaços destinados à elaboração/confecção das alegorias e fantasias. Aponte-se ainda que a suscitada falta de tempo atenta contra a capacidade, o compromisso e criatividade de nossos artesãos, figurinistas, donos de atelier, costureiras, sapateiros, ferreiros, marceneiros, entre outros, que se provam capazes de tirar leite de pedra. Pergunte-se e qualquer um deles assume esse desafio e cumpre sua parte.

Quanto ao aumento do preço de aluguel, este sequer merece maiores considerações. Achar que aluguel de alguns galpões pode afetar de tal ponto o mercado imobiliário local, a ponto de mais que dobrar o preço da locação na capital, é pura falácia. Não bate com o mundo real.

As reflexões que se impõem são: o aniversário de 250 anos da Cidade de Macapá e a presença do Amapá nos palcos da Sapucaí no Rio de Janeiro merecem ter por aqui um carnaval amputado em sua essência como proposto? Como irão reagir os verdadeiros amantes da festa e a comunidade aí incluídos os brincantes, torcedores e simpatizantes das escolas e da festa em si? Com explicar e decifrar o inexplicável, o esquisito, o exótico, o extravagante, com que em essência a proposta até o momento vencedora na LIESA embute e impõe?

Finalmente temos. Podemos fazer carnaval sem alegoria (s.f. exposição de um pensamento sob a forma figurada) e sem fantasia (s.f. imaginação; obra de imaginação; concepção; capricho)?


De minha parte entendo que não. Penso que isso parece coisa de quem projeta para o futuro o resultado de um jogo, que assume perdido de véspera.

Alcione Cavalcante
PS –
Alcione (s.f. Estrela da constelação das Plêiades)
Alciônico (adj. Relativo a Alcione; fig.sereno, agradável; brando; suave)
Como vêem não adianta se aborrecer comigo. Vamos à passarela.

É hoje! E eu vou




Gian Danton no Projeto Lamparina

Professor universitário, mestre em Comunicação, jornalista, escritor e roteirista de quadrinhos, Gian Danton, pseudônimo de Ivan Carlo, está no Projeto Lamparina - alumiando a cultura amapaense. Ele vai palestrar sobre marketing cultural, terça-feira, 18, no Teatro das Bacabeiras. Uma pesquisa no Google sobre ele aponta 42.300 resultados.

Gian Danton já trabalhou em diversas editoras do Brasil e do exterior. Seus trabalhos mais recentes incluem a graphic Manticore, ganhadora de diversos prêmios, inclusive o Ângelo Agostini de melhor roteirista. Outro trabalho recente foi o texto para o álbum War – histórias de guerra, desenhado pelo veterano Colonesse, lançado pela Opera Graphica. Atualmente Gian Danton mora em Macapá e trabalha como professor universitário e escreve livros para editoras do sul-sudeste e roteiros de quadrinhos para uma editora de Portugal. O volume dois da coleção Clássicos da Literatura Juvenil, Robin Hood, também foi de sua autoria. (www.overbo.com.br)

Gian Danton
Por: Gian Danton
Meu nome é Ivan Carlo Andrade de Oliveira, mas nove em cada dez pessoas me conhece como Gian Danton.
O pseudônimo Gian Danton surgiu no final dos anos 80. Nessa época eu comecei a escrever histórias em quadrinhos, a maior parte ilustradas por Bené Nascimento (que hoje assina Joe Bennett e desenha histórias do Homem-aranha).
Naquele período tenebroso nós estávamos saindo de uma ditadura e todos acreditavam que os militares não iriam desistir tão facilmente do poder. Tanto que, toda vez que ouvíamos aquela musiquinha do plantão do Jornal Nacional, pensávamos: "Pronto, a ditadura voltou".
Bem, a diversão predileta, minha e do Bené, era sacanear os militares em nossas HQs. Tínhamos um personagem chamado Coronel Ordem que era o símbolo da ditadura. Terminava com ele louco porque sua esposa o havia corneado com um de seus superiores...
Em outra história, intitulada "Arlequim", um militar homossexual é atormentado pelas lembranças de um homem que ele torturou no tempo da ditadura.
Fazendo esse tipo de história, eu achei que precisava de um pseudônimo. Assim, quando os militares tomassem o poder, até eles descobrirem que o cara que fazia aquelas histórias era eu, eu já tinha picado a mula (na época era senso-comum entre meus amigos que deveríamos fugir em massa do país se a ditadura voltasse).
Gian Danton caiu como uma luva, pois Danton era um dos principais líderes da revolução francesa.
Tudo isso pode parecer um pouco paranóico e é mesmo. Minha avó, que passou por três ditaduras, dizia que as paredes tinham ouvidos. Umberto Eco diz que o mal do século XX é a paranóia , mas não explica porque. Em minha opinião, a grande quantidade de regimes totalitários que tivemos no século passado criou uma espécie de paranóia no inconsciente coletivo (talvez eu escreva sobre isso algum dia).
O fato é que a ditadura nunca veio e as pessoas que curtem quadrinhos e literatura passaram a me conhecer como Gian Danton.
Atualmente sou professor universitário em Macapá (onde todo mundo me conhece como Ivan Carlo).
Meu último trabalho importante na área de quadrinhos foi o roteiro da revista Manticore, que ganhou todos os prêmios possíveis, mas não deu grana para nenhum de nós.
Quando não estou dando aulas, dedico-me a escrever. Tenho vários livros publicados pela Virtual Books e mais três livros (esses impressos) lançados pelas faculdades em que leciono. São sobre redação científica, redação jornalística e cultura pop.Tenho dois filhos: o Alexandre Magno, que sabe o nome e a localização de todos os países do mundo, e a Moira, que adora sentar no meu colo quando estou escrevendo (quem descobrir as referências quadrinísticas nesses dois nome ganha um doce. Duas dicas: Watchmen e X-men).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Lira de Prata no projeto Lamparina

A orquestra Lira de Prata, da escola de música Walkíria Lima, fará uma belíssima apresentação dia 18, terça-feira, nas escadarias do Teatro das Bacabeiras a partir das 17h, no lançamento do projeto Lamparina - alumiando a cultura amapaense.
Da programação de lançamento constam ainda abertura da feira de livros e de exposição de artes plásticas, lançamento de livros, declamação de poesias, bate-papo com o escritor e palestra e debate sobre marketing cultural, tendo como palestrante Ivan Carlo, professor universitário, escritor, jornalista e roteirista de quadrinhos. Conhecido internacionalmente como Gian Danton, e diversas vezes premiado,Ivan Carlo figura entre os mais famosos roteiristas de quadrinho do mundo.
O projeto "Lamparina - alumiando a cultura amapaense" é uma realização da Associação Amapaense de Escritores com o patrocínio da Caixa Econômica Federal.
O Teatro das Bacabeiras e o grupo Abeporá das Palavras são parceiros do projeto que conta ainda com o apoio dos blogs Alcinéa Cavalcante, Repiquete, Notícias Daqui, Chico Terra, entre outros.

Juliele faz show amanhã no Teatro das Bacabeiras

A cantora amapaense Juliele Marques lança seu primeiro CD amanhã, 11, a partir das 21h, no Teatro das Bacabeiras. O show de lançamento do trabalho musical terá a participação de vários artistas.
No repertório, composições de artistas consagrados como Ivan Lins, Joãosinho Gomes, Val Milhomem, Zé Miguel, Nivito Guedes, Fernando Canto, Celso Viáfora, Nilson Chaves, Vicente Barreto, Carlos Henri, Carlos Corrêa, Eudes Fraga, Marcos Quinan, Bárbara Rodrix e Léo Nogueira. São onze composições interpretadas pela cantora que, segundo os críticos, tem tudo para despontar no cenário nacional como a grande revelação musical do ano.

O CD é uma mistura de ritmos que reúne samba, blues, brega e uma canção inédita de Joãosinho Gomes que retrata o regionalismo amazônico – “Canto dos Castanhais”, feita para identificar a cantora à região.

A música carro-chefe é “Com a razão”, de Bárbara Rodrix. “Temos vários estilos devido o meu gosto ser diversificado. Os ritmos estão misturados. O CD é universal, mas não deixo de homenagear nossa querida Amazônia”, diz a cantora.

Todo trabalho está sendo produzido por Celso Viáfora e Nilson Chaves. O projeto gráfico do CD é de Elifas Andreato, produtor da revista Almanaque, um dos artistas plásticos mais conceituados do Brasil.

Carreira – Juliele conta que o interesse pela música começou como uma brincadeira. “Meu irmão tocava violão e eu cantava nas rodadas em família. Foi assim que tudo começou”, lembra.

O sonho da profissionalização e a gravação do primeiro CD se tornaram realidade com o apoio do marido Carlos Lobato e incentivo de amigos como Celso Viáfora e Nilson Chaves.

Juliele se considera muito tímida. “Já cantei com Zé Miguel, Celso Viáfora e Nilson Chaves em Macapá e Belém. Sentia-me tímida, mas essa troca de energia com o público é fundamental, pois você ganha força, se sente pronta e se solta”, garante.

O show tem direção de Túlio Feliciano que já dirigiu Elis Regina, Zeca Pagodinho, Leila Pinheiro, Beth Carvalho, entre outros artistas famosos. Após o show em Macapá, Juliele tem espetáculos agendados para Belém, Rio de Janeiro e São Paulo.

Para quem gosta de boa música, a pedida é imperdível. O show de Juliele é para cantar, encantar e emocionar corações.

Obrigada

Recebi da Câmara de Vereadores de Macapá Votos de Congratulação pela passagem do Dia do Jornalista. O diploma me foi entregue semana passada.
Os votos foram solicitados pelo vereador Dilson Ferreira e aprovados por unanimidade.
Registro aqui no blog o meu agradecimento aos vereadores macapaenses e especialmente ao Dilson, médico respeitado e um dos mais atuantes vereadores.
Merci.
Paulo Silva, que faz parte do time dos mais bem informados e competentes jornalistas amapaenses, também recebeu votos de congratulação da edilidade macapaense.

Livro conta a história do Ministério Público do Amapá

Dos primeiros tempos à atualidade. A história do Ministério Público do Estado do Amapá agora está registrada em livro, que será lançado hoje à noite, às 19h, na Fortaleza de São José de Macapá.
A obra, com 336 páginas, denominada “A história do Ministério Público do Amapá”, surgiu a partir de um projeto do procurador-geral de Justiça, Márcio Augusto Alves, que decidiu preservar a história da Instituição, fazendo, com a edição do livro, um registro oficial.
O trabalho é resultado de dois anos de pesquisas em arquivos públicos e particulares, além de entrevistas com personalidades que fizeram e ainda fazem a história do MPEA.
Com amplas informações e material fotográfico, o livro relata as várias fases do Ministério Público no Brasil, destacando a figura de Campos Salles, patrono do Ministério Público, que era Ministro da Justiça quando ficou definida a função específica do Promotor Geral da República.
O passeio na história da Instituição revela, ainda, o lado cultural dos Promotores Públicos, com a narrativa sobre Joaquim Gomes Diniz, idealizador da Canção do Amapá.
A obra registra casos que marcaram a atuação dos Promotores Públicos no passado, e casos da fase atual que ganharam repercussão na mídia nacional e internacional, dentre eles, a experiência que usava pessoas como cobaias na localidade do Pirativa e a chacina da família Magave.
Para o procurador-geral, Márcio Augusto Alves, a obra “A história do Ministério Público do Amapá” não poderia ficar no esquecimento. “Com este livro, pretendemos preservar a beleza de um passado vivido de forma especial por todos que fizeram parte da história do Ministério Público do Estado do Amapá”, enfatizou. (Leia mais)

sábado, 8 de dezembro de 2007

Retrato em branco e preto

Aproveitei a tarde de sábado para olhar fotos antigas. Esta é da festa dos meus 15 anos. A garotinha linda ao meu lado é minha irmã Alcilene.
Mas por onde andam essas minhas amigas que festejaram comigo os meus 15 anos? Há muito tempo perdi o contato com elas.

Poetas do Amapá

Perguntas a Papai Noel
Arthur Nery Marinho

Quando em criança o sapato
que tinha pus à janela
lhe esperando. Noutro dia
nem sapato e nem chinela.

Quando em rapaz lhe pedi
para me dar meu amor.
Aqui estou sozinho e triste
fazendo versos de dor.

Que lhe fiz, que não me olha?
que lhe fiz, que não me escuta?
Responda, Papai Noel!
Papai Noel filho da puta!
(Do livro "Sermão de Mágoas", 1993 - Jornalista, poeta e músico, Arthur Nery Marinho nasceu em 27/09/1923 em Chaves-PA. Veio para o Amapá em 1946 e aqui faleceu em 24/03/2003)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Lula fala II

Lula diz que Marisa ficava incomodada quando ele falava. "Ela dizia que eu falo muito, mas depois que ouviu o Fidel e o Chavez começou a achar que eu economizo nas palavras", ao anunciar que não ia falar muito.

O que Lula está dizendo
"É hora de fazer justiça, quero dizer ao povo do Amapá que minha relação com o governador Waldez é sincera, honesta e de dois chefes de estado que têm como compromisso prioritário tratar do povo que é razão pela qual a gente se candidata a um cargo público neste país"

"A gente vê na televisão só notícia ruim, mas quero dizer que os companheiros que estão aqui são leais. O presidente Sarney tem sido um companheiro nos momentos mais difíceis e quero de público agradecer a lealdade e o companheirismo do companheiro Sarney".

"O que eu mais gosto do Gilvam (senador Gilvam Borges) é que ele não leva desaforo pra casa. Também tem sido um companheiro"

"O companheiro Waldez (governador Waldez Góes) sabendo que dona Mariza gosta de um bom vinho francês vai comprar e levar pra mim pra eu dizer pra dona Mariza que fui eu que comprei" (Falando sobre a ponte sobre o rio Oiapoque que vai ligar o Brasil a Guiana Francesa).

"Aprendi que um governante tem que dar o passo do tamanho que sua perna dá, se der um passo errado quem paga é o povo"

"O trabalhador sério não gasta tudo em dezembro, tem que guardar um pouquinho pra janeiro - que é o mês das vacas magras e assim tem que ser o governo"

"No Senado tem algumas pessoas dos partidos de oposiçào que não querem e não aceitam que este país dê certo e muito menos admitem o sucesso de um torneiro mecânico na presidência da República".

"Semana que vem vai votar a CPMF. Alguns senadores que não querem que o país dê certo querem abolir esse imposto. Os que são contra esse imposto são aqueles que gostam de sonegar, que sonegaram a vida inteira neste país.Quero pedir aos companheiros que digam aos senadores que se querem me prejudicar que me prejudiquem de outra forma, que subam na tribuna e falam de mim o que quiserem, mas não prejudiquem a população pobre".

"O Brasil não vai ter crise. Façam o que quiserem fazer, mas este país vai continuar crescendo"

Lula já está repetindo tudo que brasileiros e brasileiras estão cansados de ouvir.
Volto mais tarde.

Lula fala

"Meu querido cumpanheiro Sarney", é assim que Lula cumprimenta Sarney ao iniciar seu discurso.
Algo impensável há alguns anos quando o PT queria mais distância de Sarney do que o diabo da cruz.

Lula no Amapá - Waldez fala

O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), em seu discurso está dizendo que o "presidente já conhece muito bem o Amapá". E lembrou que por aqui Lula já andou de trem, caminhou nas pontes e até dormiu na sede do Sindicato dos Urbanitários.
Segundo Waldez a assinatura do decreto de repasse de terras da União para o Estado do Amapá é "momento histórico".
"Nada mais justo que termos o direito de gerir nossas terras com autonomia", diz o governador.
E enquanto Waldez discursa o calor está de rachar. Lula não pára de enxugar o rosto com um lenço branco.
E o discurso é longo. Waldez está fazendo algo como uma prestação de contas de seu governo.


Lula no Amapá - Sarney fala

Sarney está discursando neste momento e falando da "alegria de ter o presidente da República no Amapá".
Falando sobre o repasse de terras da União para o Amapá lembrou Ulysses Guimarães. "O velho Ulysses dizia que ninguém mora na União, mora nos estados e municípios", disse Sarney.
Falou que Lula estava presente num dos marcos mais importantes para que o Brasil tivesse a dimensão que tem hoje: a Fortaleza de São José, construída para vigiar as margens do rio Amazonas do lado esquerdo para que não entrassem os corsários de várias nacionalidades que queriam ocupar esta margem.
Disse que no Amapá, antes que Cabral chegasse ao Brasil, passou Pinzon que ao provar a água do rio Amazonas exclamou que "estava num oceano de água doce".
Fez todos os elogios possíveis a Lula e pediu que ele "continue nos dando a mão"

Cidadão amapaense

O presidente Lula acaba de receber, na Fortaleza de São José de Macapá, o título de "Cidadão Amapaense".
O presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Amanajás, leu o Decreto e fez a entrega ao presidente.

O pato do Lula

O presidente Lula jantou ontem na residência oficial do governador Waldez Góes. Comeu pato no tucupi e camarão pitu.
No rádio ouvi alguém dizer que um dos sonhos de Lula era pernoitar no Amapá para conhecer a culinária regional e ficou encantado com o pato no tucupi.
Ora, faça-me o favor. Lula já esteve inúmeras vezes no Amapá, a maior parte delas como sindicalista, outras como candidato a presidente e duas como presidente. Já comeu muito pato no tucupi, maniçoba, camarão no bafo e andava nas pontes chupando picolé de açaí. Aliás, picolé de açaí era uma das primeiras coisas que ele pedia quando botava os pés em Macapá. Hospedava-se em hotéis baratos e algumas vezes até na casa de "companheiros".
Portanto, Lula já conhece há muito tempo a culinária amapaense.
Gente, por favor, puxassaquismo tem limites. Né não?

Agenda do Lula em Macapá

09h35 - Deslocamento para a Fortaleza de São José de Macapá/AP

10h00 - Cerimônia de assinatura do Decreto de transferência de domínio de
terras da União para o governo do estado do Amapá e atos para o
Amapá
Local: Fortaleza de São José de Macapá

11h40 - Deslocamento para o Aeroporto Internacional de Macapá

11h50 - Chegada ao Aeroporto Internacional de Macapá

12h00 - Partida para Natal/RN
Local: Aeroporto Internacional de Macapá

(Secretaria de Imprensa da Presidência da República)

Lula transfere terra da União para o Amapá

Da Secretaria de Imprensa da Presidência da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta sexta-feira,7, pela manhã, em Macapá, de cerimônia de assinatura de decreto que transfere para o Estado do Amapá 3,8 milhões de hectares de terras que pertencem à União. Trata-se de antiga reivindicação do estado e insere-se no contexto dos programas federais de reforma agrária e de reordenamento territorial, dentro do processo de zoneamento ecológico-econômico traçado pelo governo para o desenvolvimento sustentável.
Um total de 2,37 milhões de hectares destina-se às florestas de produção do Amapá e todas as atividades nessa área seguirão obrigatoriamente os princípios de desenvolvimento sustentável. Em especial, a exploração dos insumos florestais, por meio de concessões florestais, criação de projetos de assentamentos florestais e concessões para as comunidades tradicionais. E 1,43 milhão de hectares será utilizado para o desenvolvimento rural sustentável, com a obrigação de o estado desenvolver o setor agrícola, valorizando a agricultura familiar e a regularização das terras quilombolas.
Com a transferência, o Amapá poderá titular mais de 11 mil ocupações em terras públicas, atendendo antiga reivindicação desses agricultores. Com a titulação, os agricultores passarão a ter acesso ao crédito produtivo e às linhas de financiamentos do Banco da Amazônia (BASA), da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Brasil.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Lula chegou

O presidente Luís Inácio Lula da Silva já está em Macapá.
Ele chegou pouco depois das 21h (horário local e 22h no horário de Brasília). Não quis falar com os jornalistas. Foi direto para a residência oficial do governador Waldez Góes. Depois do jantar irá para o Macapá Hotel, a poucos metros da residência do governador.
Amanhã, às 10 horas, na Fortaleza de São José de Macapá - pertinho do hotel - Lula assina decreto repassando para o domínio do Estado do Amapá as terras que pertecem à União desde que o Amapá era Território Federal.
Ainda na Fortaleza, Lula recebe da Assembléia Legislativa o título de "Cidadão Amapaense".

Atrasou

Lula - que deveria desembarcar em Macapá às 19h50 - ainda está em Belém.
A previsão é que chegue por aqui por volta das 22h.

Lamparina - alumiando a cultura amapaense

Feira de livros, saraus, exposição de artes plásticas, lançamento de livros e debates sobre literatura amapaense, jornalismo cultural, artes plásticas, marketing cultural e leis de incentivo à cultura fazem parte do Projeto Lamparina, que será realizado de 18 a 21 de dezembro no Teatro das Bacabeiras, com o patrocínio da Caixa Econômica Federal.
Este blog estará divulgando tudo sobre o Lamparina e já avisa que quem quiser participar deve entrar em contato com os organizadores do evento pelos telefones 9971-2861, 9115-9837 e 9965-6570.
Então, vamos lá. Entre em contato com os organizadores e participe de tardes de autógrafo, cante sua música, declame sua poesia, enfim, aproveite a luz da Lamparina para dar visibilidade a sua obra.

Depois eu dou outros telefones e a relação de blogs que estarão apoiando o Lamparina.

Comentário do leitor

Sobre "O melhor candidato é Gilvam Borges"
É isso aí. Além do mais ele é favor da EUTANÁSIA, ou seja a qualquer sintoma de doença que possa acometer um Senador ou o próprio SENADO, como por exemplo uma "pustema", ele já vai logo mandando desligar o aparelho. Ele também é contra o exame da OAB. O que é corretissimo, pois para o montão de porcaria que vem saindo do SENADO BRASILEIRO ultimamente, pra que advogado habilitado? Qualquer um serve mesmo. Aliás a casa lá tá cheia desse tipo de gente. Peça para o Chico Bruno destacar mais essas qualificações do nosso, se Deus quiser, já que o Sarney não quer, futuro Presidente do SENADO.Parabéns pra vocês do Amapá.
Muleke, já comprando o vinho pra comemorar.
muleke 12.06.07 - 12:44 pm #

Energia mais barata

A Anel obrigou a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) a reduzir em 5% a tarifa de energia elétrica. Isso, de acordo com o presidente Josimar Peixoto, vai provocar uma redução de R$ 520 mil por mês na arrecadação.
A CEA deve mais de R$ 300 milhões para a Eletronorte e está inadimplente com a Anel.
Cá pra nós, a CEA tá um bagaço. Basta uma chuvinha fina, daquelas de molhar besta, para que falte energia em praticamente toda a cidade de Macapá.
Pela qualidade (péssima) do serviço prestado a redução da tarifa deveria ser no mínimo de 50%.

O dinheiro da Unifap

Sem “nem te ligo” para os parlamentares, o reitor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), José Carlos Tavares, se juntou a reitores de outras universidades federais e peregrinou pelos gabinetes dos ministros para conseguir a liberação dos recursos destinados à Unifap por conta de emendas da bancada ao OGU.
Não conseguiu tudo, mas quase.
Dos R$ 8,9 milhões, o reitor conseguiu a liberação de quase R$ 7 milhões para obras já licitadas e aquisição de equipamentos.
Como na Unifap não existe propinoduto, o Papai Noel não vai colocar na conta bancária dos ilu$tre$ repre$entante$ do povo aquele percentualzinho que eles tanto reivindicam para liberar emendas.
Desta vez eles dançaram ... e não foi ao som de Jingle Bell.

Ô gentalha

Nunca vi um lugar onde se queima tanto lixo como aqui e a Prefeitura não faz nada.
Em muitas cidades Brasil a fora queimar lixo resulta em multas. Em Manaus, por exemplo, as multas variam de R$ 500 a R$ 25 mil, mas em Macapá todo mundo queima na calçada, na beira da rua, nos quintais e fica por isso mesmo.
Agora mesmo, a fumaça invade parte da minha casa vinda do quintal de um vizinho que sem nada melhor pra fazer resolveu tocar fogo no seu lixo doméstico.
Dia desses outro vizinho colocou um monte de lixo na calçada e ateou fogo e a fumaça entrou na minha sala.
Em Macapá por onde a gente passa tem sempre uma "fogueira" na frente de alguma casa. Há pessoas que queimam até o papel higiênico usado. Imagem o fedor!
Não entendo porque o povo faz isso. Não há nada que justifique. A coleta de lixo, verdade seja dita, é feita diariamente.
Há alguns meses conversei com o prefeito João Henrique sobre isso e ele garantiu que a Prefeitura faria uma campanha para coibir essa prática, mas até agora nada.
Segundo os médicos, o hábito de queimar lixo doméstico e folhas secas traz conseqüências graves para a saúde, principalmente para as crianças e os idosos.
Os problemas mais comuns são irritação nos olhos, bronquite e rinite.

Lula aqui

Depois de tanto vem-não-vem finalmente está confirmada para às 19h50 de hoje a chegada do presidente Lula ao Amapá.
Amanhã, Lula assina na Fortaleza de São José de Macapá decreto repassando terras da União para o Estado do Amapá.
No site do governo do Amapá (www.amapa.gov.br) não há nenhuma informação sobre a vinda de Lula, embora tenha sido uma articulação do governador Waldez Góes.
Aliás, o site do governo é de uma pobreza de dar dó.

Atualização às 17h13 - Depois que os blogs (este e o Repiquete) disseram que não tinha nenhuma informação no site do Governo do Amapá sobre a vinda do presidente Lula, a Secretaria de Comunicação acordou e acaba de publicar um release.

Sucessão de Renan

Do blog do jornalista Chico Bruno:

"O melhor candidato é Gilvan Borges
Ele não usa cueca, por isso não existe o risco de esconder din-din nela. Ele calça sandálias, o que o impede de esconder din-din nelas. Ele emprega uma família inteira em seu gabinete, num ato de boa vontade. Ele é o único senador que não se esconde nas sombras, pois não tem o mínimo pudor em revelar qualquer barganha.
Gilvam Borges (PMDB-AP), o senador certo, na hora certa.
Portanto para um Senado, como o atual, nada melhor do que Gilvam para presidente."

Imperdível


Cirurgião é denunciado ao CRM

O médico Osvaldo Vicente dos Santos foi denunciado semana passada ao Conselho Regional de Medicina pela família de Michel Cavalcante Lima, um jovem que morreu após ter sido operado por Osvaldo Santos para redução do estômago. A família alega erro médico, irresponsabilidade, descaso e displicência do médico.
Para a população, a família de Michel está distribuindo esta carta:

"É revoltante como a cirurgia de redução de estômago vem sendo banalizada por um certo cirurgião de nossa cidade.Esta conduta inescrupulosa está colocando em perigo a vida dos cidadãos amapaenses e, principalmente, das pessoas que amamos. Foi o que aconteceu com o nosso querido MICHEL CAVALCANTE LIMA, 29 anos, casado,pai de duas crianças.

Ano passado, Michel descobriu que este médico estava realizando, em Macapá, a gastroplastia (cirurgia de redução de estômago) e, para saber mais sobre o assunto, começou a frequentar as reuniões ministradas por ele. Durante os encontros, o tal cirurgião ressaltava, de forma irresponsável, as "maravilhas" da redução de estômago, induzindo os pacientes e fazendo-os acreditar que suas vidas iriam mudar totalmente depois que emagrecessem, como se magreza fosse a receita da felicidade. Se isso fosse realmente verdade, não existiriam magros infelizes e inseguros. Mesmo participando das reuniões, Michel ainda não estava convencido de que a cirurgia seria um procedimento seguro, mas, apesar do medo que sentia, acabou sendo encorajado pelo médico e decidiu ser operado em 15/08/2007. Após 4 horas no centro cirúrgico, foi encaminhado para UTI. Em seguida, descobrimos que, durante a cirurgia, o cirurgião perfurou e retirou o baço do Michel. Angustiados, ficamos à espera de uma explicação, mas, para nossa surpresa e indignação, o médico e seus assistentes já tinham sumido do hospital, sem esclarecer à família o que havia acontecido. Cinco dias depois (20/08), Michel recebeu alta. Em casa, teve uma série de complicações. Quando foi ao consultório, queixando-se de dores, febre e falta de ar, o médico ignorou totalmente a situação. Não receitou nenhum medicamento nem solicitou exames necessários para descobrir o que estava acontecendo. A consulta limitou-se apenas a duas frases: "está tudo bem, isso é normal". Aliás, "isso é normal" foi a expressão que mais ouvimos deste "doutor". Michel e seus pais saíram do consultório bastante preocupados com o descaso do médico.

Como Michel continuou sentindo muitas dores nas costas, no abdômen, febre e falta de ar, foi levado pela esposa para outro hospital, onde ficou internado (28/08) sob a "responsabilidade" do mesmo cirurgião. Passou uma semana tomando dipirona, omeprazol e outros medicamentos. Neste período, o médico não apareceu nenhuma vez para conversar com a família sobre o quadro clínico do paciente. No dia 03/09, Michel foi operado novamente. O médico disse que era apenas um abscesso, mas na verdade, já havia uma fístula (abertura) no estômago, agravando ainda mais a situação. Após a segunda cirurgia, Michel não melhorou. Os procedimentos equivocados do médico e a constante falta de esclarecimento nos deixavam cada vez mais inseguros e aflitos, por isso pedimos que Michel fosse transferido com urgência para Belém. Depois que providenciou a liberação do paciente, o médico COVARDE sumiu novamente. Não teve sequer a coragem e a dignidade de enfrentar a família, deixando evidente que havia perdido o controle da situação.

Quando chegou a Belém (06/09), Michel foi assistido por uma excelente equipe médica do Hospital Porto Dias, mas já era tarde. A infecção já estava generalizada e as bactérias, multirresistentes aos antibióticos. Mesmo assim, ainda foi submetido a mais cinco cirurgias, sendo que na última, sábado (29/09), teve três paradas cardíacas, falecendo às 17h.

Mais de 40 dias de sofrimento. Foi o tempo que Michel ficou padecendo em consequência de uma cirurgia mal sucedida e, infelizmente, por orientação do nosso advogado, ainda não podemos revelar o nome deste médico. Mas não restam dúvidas de que todos os procedimentos adotados por ele, antes, durante e após o ato cirúrgico, foram permeados pela IMPERÍCIA, NEGLIGÊNCIA e IMPRUDÊNCIA.

Michel era um jovem alegre e cheio de planos. Deixou indignados muitos amigos e familiares. Lamentavelmente, só depois de sua morte descobrimos que este cirurgião é alvo de constantes acusações e que existem outros pacientes, também vítimas de sua INCOMPETÊNCIA. Já denunciamos o caso à Justiça e ao Conselho Regional de Medicina. Sabemos que isso não trará nosso amado Michel de volta, mas é nossa obrigação denunciar e divulgar o que aconteceu.

A expressão "o erro médico a terra encobre" é coisa do passado. Precisamos coibir as ações irresponsáveis deste cirurgião para evitar que outras vidas sejam ceifadas."