sexta-feira, 8 de maio de 2009

Artigo

Doe a vida para quem gera vida
Professor Alcides de Oliveira
(alcides.oliveira2005@ig.com.br)

Segundo domingo do mês de Maio, dia das mães, muito movimento de pessoas nas lojas, nos shoopings, nos bazares, pessoas essas buscando o que de melhor possam dar para as suas mães, um brinco, uma bolsa, um celular, um perfume, talvez esses denotem a gratidão dessas pessoas, talvez eles possam determinar o quanto gostam, o quanto amam e assim satisfazer o ego, imaginando com isso estar retribuindo aquilo que lhes foi dado por Deus, utilizando a sua maior parceira, a sua mais importante ferramenta na terra que é a mulher, abençoando-a e dando-lhe uma honrosa missão, a mais bela das missões, a maior das missões que um ser humano pode ter nessa terra, missão essa de doação do seu corpo e da sua alma, das suas entranhas, do seu sangue, do seu alimento, do seu respirar, para gerar uma vida, gerar mais vidas, gerar vida, tornando-se assim a sublime criatura do universo, única detentora do bendito e maravilhoso dom de dar a luz. Essa fantástica criatura ao gerar uma outra fantástica criatura que é o ser humano, torna-se o centro, o molde, o vértice de tudo de magnífico e de bom que pode ser extraído, como o principal dos sentimentos que é o amor, amor esse que emana dessa criatura como uma fonte de água cristalina, procurando derramar sobre toda a humanidade, sobre todos os seres humanos, seus filhos, esse amor, e junto com ele a dedicação, a mansidão, a ternura, a compreensão, a proteção, enfim, a sua vida.

A importância dessa magnífica pessoa na humanidade é tanta que exprimir toda essa essência com palavras é verdadeiramente impossível, é impossível mostrar toda a gratidão e preencher o coração dela de agradecimento, pois tudo que materialmente se fizer por ela, jamais, alguma retribuição alcançará a alegria do filho de ter nascido e estar vivo.

Uma suprema verdade que é também um dos maravilhosos sentimentos inerente a esse magnífico ser humano, é o de nunca procurar ter retribuição pelo que é, nunca querer nada em troca por ter gerado, por ter amor no coração, por amar seus filhos, por lhes dar educação, por dar-lhes segurança e afeto, por lhes dar carinho e apoio em todas as horas, por lhes dar a madrugada sem sono porque ele está doente, por quase morrer de ansiedade ao vê-lo galgar um degrau, por oferecer-lhe a própria vida, se preciso. Algum dia, ganhar um brinco não está nos seus planos, como não está em ganhar uma bolsa, um celular, um perfume, não por desdém ou por soberba perante seus filhos, mas é principalmente para que esses não se preocupem, talvez em gastar o que não tem, para satisfazê-la, porque o que mais a satisfaz é vê-los com saúde e felizes.

A esse magnífico ser humano, acredita-se que para exaltá-la, para torná-la e fazê-la feliz será necessário as atitudes daqueles os quais gerou, atitudes como o respeitá-la, o lhe dar carinho, o estar presente, o cuidar, o sentar e conversar, o pedir conselho, o deitar no colo, o pedir a benção, o abraçar e dizer te amo todos os dias, vê-la envelhecer e daí respeitar muito mais, levar os netos para beijá-la e brincar com ela, balançá-la e ao vê-la adormecer fazer silêncio absoluto e nunca, jamais, ser intolerante, jamais levantar a voz, sempre ser manso e benevolente com ela, assim se sentirá feliz. Agora, nunca, nunca tomar a maldita atitude de levar esse magnífico ser humano, mãe, para um asilo, excluí-la, descartá-la, por que com a maior das certezas a mãe não merecerá isso, pois com a maior das certezas o que realmente a mãe merece é que durante toda a sua vida, as vidas que ela gerou, seja permanentemente doadas a ela para sua felicidade e para a felicidade de Deus.